Planalto vai chamar líderes nos próximos dias para apresentar pacote de corte de gastos
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, está à frente da articulação política
247 - O governo federal está se preparando para lançar um conjunto de medidas destinado ao corte de gastos públicos e pretende envolver os líderes partidários do Congresso Nacional para garantir o apoio necessário à aprovação das propostas. A iniciativa, liderada pelo Palácio do Planalto, é vista como um esforço estratégico para equilibrar as contas públicas e manter a estabilidade econômica. A informação foi divulgada pelo jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, está à frente da articulação política e já trabalha na organização de uma reunião com os líderes do Legislativo. A proposta deverá ser apresentada nos próximos dias, após ajustes finais em uma reunião marcada para esta segunda-feira (25) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Durante uma coletiva de imprensa na semana passada, Haddad adiantou o progresso das discussões: “Vamos passar para o presidente a minuta dos atos que já foram minutados pela Casa Civil e, ao fim da reunião de segunda-feira, estaremos prontos para divulgar. Se faremos isso na própria segunda ou na terça, é uma decisão que a comunicação vai tomar, mas os atos já estão minutados”.
Estratégia e contexto
O governo busca transmitir confiança ao mercado e às lideranças políticas, apontando o pacote como essencial para conter o aumento do déficit fiscal previsto para os próximos anos. A Casa Civil teve papel central na elaboração das medidas, enquanto a Fazenda conduziu os cálculos e projeções que sustentam o plano.
A escolha por envolver os líderes do Congresso antes do anúncio oficial reflete uma estratégia política para evitar ruídos e potencializar a adesão às medidas. Esse alinhamento prévio também busca minimizar o desgaste do governo em um cenário político marcado por disputas internas e desafios econômicos.
Com a divulgação iminente, a expectativa é que o pacote contenha cortes direcionados a despesas discricionárias e ajustes em benefícios tributários considerados ineficientes. A decisão de anunciar o plano logo após a reunião de segunda-feira ou na terça dependerá da estratégia de comunicação final do governo.
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