Ministério da Saúde prepara pacote de até R$ 3,7 bilhões para retomar obras inacabadas
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, vem sendo acusada por integrantes do Centrão de represar verbas para estados e municípios
247 - Alvo de críticas por parte de integrantes do Centrão que acusam a ministra da Saúde, Nísia Trindade, de represar verbas para estados e municípios, a pasta anunciará nesta semana um programa de retomada das obras que ficaram paralisadas ou inacabadas na área da saúde nos últimos anos. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “estima-se que cerca de 5,4 mil obras poderão ser contempladas, abrangendo diversos tipos de equipamentos de saúde: Unidades Básicas de Saúde (UBS), academias da saúde, construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Centros Especializados em Reabilitação (CER), entre outros. Um investimento que pode chegar a R$ 3,7 bilhões”.
Para garantir uma abordagem justa na priorização das obras, o Ministério da Saúde utilizará critérios como percentual de execução, ano de contratação, atendimento a comunidades rurais, indígenas ou quilombolas, e histórico de desastres naturais nos últimos 10 anos, entre outros. O prazo estipulado para a conclusão das obras é de 24 meses, com a possibilidade de prorrogação por um período equivalente.
Ainda de acordo com a reportagem, apesar das críticas contra ela serem direcionadas à distribuição de verbas do Ministério da Saúde, escolhas de fornecedoras e nomeações, "a ministra entendeu que está sob ataque de forças poderosas". A pressão sobre Nísia pode ser entendida como mais uma demonstração do apetite do Centrão pela pasta.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), saiu em defesa de Nísia no último final de semana e afirmou que ela está sendo "alvo de intrigas" plantadas por "grupos políticos ávidos por abocanhar o ministério". Gleisi, porém, não especificou quais grupos seriam esses.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo no Congresso, também saiu em defesa da ministra e afirmou que “os motivos são os de sempre: a cobiça pelo ministério e as qualidades da ministra como defensora intransigente do SUS”.
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