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    Ministro da Justiça é ligado à Bancada da Bala e amigo íntimo de Flávio Bolsonaro

    Escolhido por Jair Bolsonaro para comandar a pasta da Justiça, o delegado federal Anderson Gustavo Torres assessorou o ex-deputado Fernando Francischini (PSL-PR), um bolsonarista radical. Foi em comissões da Câmara que o novo ministro se aproximou da Bancada da Bala. O delegado também é amigo pessoal de Flávio Bolsonaro e ligado ao clã

    Delegado Gustavo Torres e Flávio Bolsonaro (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília | ABr)

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    247 - Escolhido por Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça no lugar de André Mendonça, o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres é identificado com o setor mais extremista do Congresso, a chamada Bancada da Bala. O novo titular da pasta, que deixará a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, atuou durante anos como chefe de gabinete do ex-deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), um dos primeiros parlamentares no Congresso a defender, em 2018, a campanha de Bolsonaro ao Planalto. Francischini é um bolsonarista radical, de extrema-direita.

    Torres assessorou Francischini em comissões da Câmara como a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Fiscalização Financeira e Controle, além de CPMIs (comissões parlamentares mistas de inquérito), entre elas a da JBS.

    De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, foi nas comissões que o novo ministro se aproximou da Bancada da Bala. 

    No ano passado, quando aconteceram manifestações de bolsonaristas que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso, Torres foi acusado por opositores do governo federal de não adotar, enquanto secretário Segurança Pública do DF, medidas mais duras contra os atos antidemocráticos.

    Flávio Bolsonaro

    O delegado também é amigo pessoal do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e frequenta a "cozinha" do clã Bolsonaro, de acordo com informação publicada pela coluna de Guilherme Amado

    O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou o parlamentar, no ano passado, por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O motivo da denúncia foi um esquema de corrupção que acontecia na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde Flávio cumpria mandato antes de ser eleito para o Senado. 

    De acordo com as investigações, o filho de Jair Bolsonaro fazia a chamada "rachadinha", desvio de salários de funcionários do gabinete dele.

    Em junho do ano passado, policiais prenderam Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar. A prisão aconteceu em Atibaia (SP), onde Queiroz estava escondido num imóvel de Frederick Wassef, então advogado de Flávio.

    Queiroz movimentou R$ 7 milhões em de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

    Outra curiosidade é que, segundo extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil.

    Mais trocas

    Além de André Mendonça, quem deixa o governo é o general Fernando Azevedo e Silva, que era responsável pelo ministério da Defesa. Ele disse disse a ministros do STF que as Forças Armadas não irão se inclinar a eventuais medidas autoritárias de Bolsonaro.

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