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    Moraes envia à PGR defesas do Núcleo 4 de denúncia da trama golpista

    Procuradoria tem prazo de cinco dias para se manifestar

    Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)
    Bianca Penteado avatar
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    Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta sexta-feira (14) à Procuradoria-Geral da República (PGR) as defesas dos acusados que pertencem ao chamado Núcleo 4 da trama golpista do governo do presidente Jair Bolsonaro.

    Com a medida, a procuradoria terá prazo de cinco dias para se manifestar sobre os argumentos apresentados pelos advogados dos acusados.

    De acordo com a PGR, os oito denunciados do núcleo 4 são acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades. 

    Fazem parte deste núcleo os seguintes investigados:

    Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);

    Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);

    Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);

    Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);

    Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),

    Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);

    Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal);

    Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho (blogueiro e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo).

    Julgamento

    Após a PGR enviar a manifestação ao STF, o julgamento da denúncia do Núcleo 4 vai ser marcado pela Corte Suprema.

     O processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

    Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada por este colegiado.

     Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

     A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda no primeiro semestre de 2025. 

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