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    Mourão contraria dados do Inpe e diz que desmatamento da Amazônia caiu a mínimo em maio

    “Desmatamento no mês de maio caiu ao mínimo comparado com anos anteriores. Então o nosso primeiro objetivo foi conquistado”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão. Dados do Inpe, porém, apontam 641 quilômetros quadrados de área desmatada, maior que em anos anteriores

    Hamilton Mourão (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

    Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões, Reuters) - O vice-presidente Hamilton Mourão disse durante reunião de ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira que o desmatamento da Amazônia caiu para o mínimo nos últimos anos, mas dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o dado do mês passado, ainda parcial, é o segundo maior dos últimos cinco anos.

    “O desmatamento no mês de maio caiu ao mínimo comparado com anos anteriores. Então o nosso primeiro objetivo foi conquistado”, disse Mourão, que também preside o Conselho da Amazônia, durante a reunião, transmitida ao vivo pela TV Brasil.

    Dados do sistema Deter, do Inpe, que mostra avisos de desmatamento na Amazônia e que no momento tem dados disponíveis até 28 de maio, apontam uma área desmatada de 641 quilômetros quadrados no mês passado.

    O número é menor do que os 739 quilômetros quadrados registrados em maio do ano passado, mas superior aos 550 quilômetros quadrados de maio de 2018, aos 363 quilômetros quadrados de maio de 2017 e dos 408 quilômetros quadrados de maio de 2016.

    Na reunião, Mourão disse ainda que a meta do governo é reduzir também ao mínimo as queimadas na floresta.

    “O segundo (objetivo) é nós não permitirmos que no segundo semestre ocorram as queimadas na extensão que ocorreram no ano passado. Então a meta para o nosso governo é termos um número de queimadas inferior ao mínimo histórico”, disse o vice-presidente.

    Mourão reconheceu que após o fim da atuação dos militares na Amazônia para conter as queimadas e o desmatamento no ano passado, os desmatadores retomaram suas ações e a devastação da floresta aumentou, o que levou o governo a novamente mobilizar as Forças Armadas em uma operação de garantia da lei e da ordem para conter o desmatamento na região.

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