MPF pede que STJ mantenha condenação de Bolsonaro por homofobia
O subprocurador-geral da República Antônio Bigonha pediu que o STJ rejeite um recurso de Jair Bolsonaro numa condenação por danos morais após declarações homofóbicas no CQC em 2011
247 - O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que rejeite um recurso de Jair Bolsonaro numa condenação por danos morais após declarações homofóbicas. O pedido foi feito pelo subprocurador-geral da República Antônio Bigonha, na quarta-feira, 10.
É a Terceira Turma do STJ, sob a relatoria do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que vai julgar o caso.
Em 2017, Bolsonaro, então deputado federal, foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos por danos morais, após declarações homofóbicas feitas ao programa CQC, da TV Bandeirantes, em 2011.
Perguntado o que faria caso descobrisse que um de seus filhos é gay, ele respondeu: "Isso nem passa pela minha cabeça porque tiveram uma boa educação, eu fui um pai presente, então não corro esse risco”.
"Eu não tenho qualquer informação que um filho meu tenha um comportamento homossexual com quem quer que seja, até porque tudo o que esses bichas tem para oferecer, as mulheres têm e é melhor", declarou também.
A ação foi movida pelas entidades Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-Íris de Conscientização.
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