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    Múcio sinaliza demissão; Alckmin pode ir para a Defesa

    O presidente estaria avaliando nomes de peso para o Ministério da Defesa. Um dos favoritos, segundo interlocutores, é o vice-presidente Geraldo Alckmin

    Lula e José Múcio (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
    Laís Gouveia avatar
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    247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, deve discutir sua permanência no governo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias. A conversa, descrita por interlocutores como amigável, pode abrir espaço para uma mudança estratégica no comando da Defesa, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, publicadas na Folha de S.Paulo.

    Múcio, que assumiu o cargo por lealdade ao presidente e como uma ponte de diálogo com as Forças Armadas, teria indicado que considera sua missão cumprida. “Ele aceitou o delicado cargo em nome de sua lealdade com o petista”, apontam interlocutores, que também destacam a exaustiva rotina do ministro como um fator relevante para sua possível saída.

    Caso Múcio realmente deixe o governo, a substituição não será tarefa fácil. O ministro é amplamente respeitado pelos comandos militares, especialmente em um momento de alta sensibilidade. As Forças Armadas enfrentam turbulências devido às investigações da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe no Brasil. Recentemente, pela primeira vez desde a redemocratização, um general de quatro estrelas, Braga Netto, foi preso.

    Diante desse cenário, o presidente Lula estaria avaliando nomes de peso para o Ministério da Defesa. Um dos favoritos, segundo interlocutores, é o vice-presidente Geraldo Alckmin, atualmente à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

    Alckmin reúne características consideradas essenciais para a pasta: “serenidade e autoridade necessárias ao cargo”, além da plena confiança de Lula. A mudança, se confirmada, faria parte de uma reforma ministerial mais ampla.

    O plano incluiria também a transferência do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para o comando da pasta ocupada por Alckmin. Essa movimentação seria estratégica para fortalecer o governo em diferentes frentes, caso Pacheco venha a integrar a equipe ministerial em breve.

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