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    Musk se vincula de vez ao fascismo e fará live conjunta com Bolsonaro

    Após ataques à soberania nacional brasileira, o bilionário agora escancara sua ligação com a extrema direita

    Bolsonaro e Elon Musk (Foto: Alan Santos/PR | Reuters)

    247 - Após atacar a soberania nacional brasileira e desafiar o Judiciário, ameaçando descumprir ordens judiciais proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, o bilionário Elon Musk escancara sua ligação com a extrema direita e se vincula definitivamente com o fascismo ao fazer uma live com Jair Bolsonaro (PL).

    O anúncio da live foi feito pela senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-PL) por meio de rede social. De acordo com a divulgação da parlamentar, o evento ocorrerá neste sábado (13) às 21h30, por meio do Instagram do ex-ocupante do Palácio do Planalto. 

    A situação entre Musk e o Brasil escalou no domingo (7), quando o bilionário passou a ameaçar descumprir as decisões do ministro e o provocou a renunciar ou sofrer impeachment. O empresário, dono do X, antigo Twitter, também compartilhou publicações do jornalista americano Michael Shellenberger, que apontavam supostas violações da liberdade de expressão no Brasil.

    As tensões atingiram um novo patamar quando Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento, além de abrir uma investigação por obstrução à Justiça, incluindo possíveis envolvimentos em organização criminosa e incitação ao crime. Diante das ameaças de Musk, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil por perfil, caso a empresa de Musk desobedeça qualquer decisão do STF, incluindo a reativação de perfis cujo bloqueio foi determinado pelo tribunal.

    Para além do X, outra empresa de Musk, a Starlink, está envolvida em uma polêmica relacionada à proteção das terras indígenas e ao acesso à internet. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou recentemente ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, um pedido que impacta diretamente a Starlink e outras provedoras de internet. O pedido da AGU visa uma liminar para que as empresas suspendam o acesso à internet móvel via satélite dentro da terra indígena ianomâmi, exceto para equipamentos utilizados por órgãos de Estado. O objetivo é combater o garimpo ilegal, que tem sido uma ameaça crescente para a região.

    O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu equipamentos da Starlink em diversos garimpos ilegais na região amazônica nos últimos 12 meses. Apenas de abril de 2023 a março de 2024, foram encontrados pelo menos 32 dispositivos da Starlink em áreas de mineração ilegal. Recentemente, uma operação da Polícia Federal na terra indígena dos ianomâmis resultou na apreensão de 24 antenas da Starlink, utilizadas pelos garimpeiros para comunicação.

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