“Não é de um dia para o outro que a credibilidade do Brasil será recuperada”, diz Celso Amorim
O ex-chanceler dos governos Lula, em entrevista à TV 247, condenou a política externa do governo Bolsonaro, que, segundo ele prejudica a credibilidade internacional do Brasil. No entanto, ele acredita que um governo petista pode restaurar a reputação do país. “Lula terá força para reconstruí-la”. Assista
247 - O ex-chanceler dos governos Lula, Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou que um eventual governo Lula poderia restaurar a imagem internacional do Brasil, prejudicada tanto pela condução do Itamaraty como pela política interna do governo Bolsonaro. Ele destaca que, no entanto, somente uma vitória esmagadora do petista poderia assegurar uma recuperação sólida:
“Ele [Lula] conseguirá. Eu estou otimista em relação a isso, mas vai levar trabalho e tempo. É como eu digo às vezes sobre política externa, não é de um dia para o outro que a credibilidade do país pode ser recuperada. Vamos ser realistas, a não ser que haja uma vitória realmente esmagadora, que espero que haja, mas se não tiver uma margem muito grande, é um pouco do que falam os europeus quando dizem que Lula irá se aproximar mais do Biden. Mas e se o Trump voltar?”.
Celso defendeu a formação de uma frente ampla para derrotar o governo Bolsonaro. “Por isso a questão da frente ampla é muito importante, porque é necessário não apenas vencer o bolsonarismo, mas é preciso vencer de uma maneira que deixe claro que aquilo não é o pensamento da maioria do povo brasileiro”, afirmou.
Lula
O diplomata contou histórias que mostram como o ex-presidente é bem-visto no mundo. Contando com o peso de um nome como o de Lula e a formação de alianças com países emergentes, destaca Celso, o Brasil estará em “bom trânsito” para uma recuperação.
“O Lula é uma pessoa que tem muita credibilidade. Sempre teve. Assisti reuniões do Lula com os mais variados. Eu vi um diretor-gerente do FMI, que era na época um alemão, chorar abraçado com o Lula de emoção. Então, ele é uma pessoa que fala com todo mundo com grande liberdade e com grande sinceridade e ele leva com ele uma enorme credibilidade. Temos uma vantagem. Vamos lidar com um mundo mais diversificado. O mundo hoje tem China, Rússia e os países europeus. Não vamos ficar dependendo de um só. Com isso e com o Lula, a gente conseguiria um bom trânsito e uma recuperação rápida”, completou.
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