'Não há nenhum ato do ministro Alexandre que justifique impedimento ou quebra de imparcialidade', diz Gilmar Mendes
Para decano do STF, pedido de suspeição do ministro Alexandre de Moraes faz parte da estratégia bolsonarista para impedir o avanço das investigações sobre o 8/1
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, afirmou que os acusados pela trama golpista do 8 de janeiro estão atuando em uma estratégia para forçar o impedimento do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre a intentona golpista.
“Não faz sentido algum porque não há nenhum ato do ministro Alexandre que justifique esse impedimento ou a quebra dessa imparcialidade. Pelo contrário, decidiram atacá-lo porque ele estava cumprindo um mister institucional de defesa das instituições”, disse Gilmar em entrevista que será exibida neste sábado (23), pela CNN Brasil, às 18h30.
Um eventual impedimento de Moraes tem se tornado uma das maiores polêmicas no mundo jurídico, pois ele teria sido uma das vítimas dos golpistas. A Polícia Federal descobriu planos para prender o ministro, caso houvesse uma ruptura da ordem constitucional. Os argumentos da defesa dos investigados, incluindo Jair Bolsonaro (PL), giram em torno da alegação de que um juiz não pode ser vítima e julgador ao mesmo tempo. Entretanto, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou a suspeição.
Na análise do decano do Supremo, Moraes já era o relator do inquérito das fake news, o que o tornou alvo dos militantes bolsonaristas e, posteriormente, do envolvidos no planejamento de um golpe de Estado. “Naquelas manifestações do sete de setembro, ele foi xingado pelo presidente da República, então ele está impedido de julgar o presidente da República? O próprio investigado causou esse impedimento. É uma técnica bastante comum”, observou Gilmar Mendes.
A declaração de Gilmar faz referência à celebração do 7 de setembro de 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro atacou Moraes durante um evento na Avenida Paulista.
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