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    "Não haverá impunidade para quem cometeu crime contra a democracia", diz Pimenta, após caso Jordy

    Chefe da Secom afirmou que todos os envolvidos no golpismo brasileiro serão responsabilizados: "não importa se é deputado, ex-presidente, filho de presidente, civil ou militar"

    Paulo Pimenta (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, emitiu uma declaração enfática nesta quinta-feira (18), após a deflagração da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que teve como um dos alvos o deputado federal ultrabolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ). Pimenta assegurou que não haverá impunidade para aqueles que cometeram crimes contra a democracia, independentemente de sua posição na sociedade.

    Em um post nas redes sociais, Pimenta acrescentou: "quem participou, financiou, organizou e incentivou ou planejou as ações criminosas que tentaram reverter o resultado soberano das eleições terão suas condutas identificadas e responderão por seus atos." A mensagem do ministro da Secom deixou claro que não importa a posição ocupada por aqueles envolvidos nos atos golpistas, sejam eles "deputados, ex-presidentes, filhos de presidentes, civis ou militares, empresários ou pensionistas do exército". "Todos estão sujeitos às consequências da lei e da Constituição Federal quando cometem crimes contra o Estado Democrático e o livre funcionamento das instituições", disse.

    Vale ressaltar que a referência ao "ex-presidente" na declaração de Pimenta é uma alusão a Jair Bolsonaro, acusado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 de ser o "mentor moral" dos golpistas.

    A Operação Lesa Pátria, que teve Carlos Jordy como um dos alvos, obteve mensagens que comprovariam que o parlamentar teria passado orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas no estado do Rio de Janeiro. As buscas foram realizadas na Câmara dos Deputados e nos endereços ligados ao deputado, sendo a primeira vez que um membro do Congresso Nacional foi alvo de busca e apreensão no âmbito dessa operação.

    As autoridades policiais acreditam que as mensagens trocadas por Jordy podem ter servido como "atos preparatórios" para os eventos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado. Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime, conforme divulgado pela PF. Carlos Jordy classificou a ação da PF como autoritarismo em manifestação nas redes sociais.

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