'Não podemos dividir o Brasil em momento difícil', diz Pazuello ao criticar Doria
Em indireta ao governador Doria, que anunciou o início da vacinação no estado em São Paulo sem permissão do governo federal, Pazuello disse que o programa de imunização pertence ao Ministério da Saúde
247 - Em pronunciamento, nesta terça-feira, 8, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que compete ao governo a definição de um plano de imunização e que "não podemos dividir o Brasil". O governo federal têm entrado em conflito com governadores por conta da vacina contra a Covid-19, como é o caso da relação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Em indireta ao governador Doria, que anunciou o início da vacinação no estado em São Paulo sem permissão do governo federal, Pazuello disse que o programa de imunização pertence ao Ministério da Saúde.
“Compete ao MS realizar o planejamento e a vacinação em todo o Brasil. Por isso que o programa nacional de imunização é um programa do Ministério da Saúde. Não podemos dividir o Brasil no momento difícil em que todos nós passamos essas dificuldades”, disse.
“O Ministério da Saúde acompanha a evolução de imunizantes para a Covid-19, as vacinas, em passos acelerados, com total responsabilidade”, afirmou.
O ministro brigou com Doria em reunião com governadores sobre a falta de interesse do governo federal em relação à CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
O governo Bolsonaro está priorizando a Pfizer: “Estamos fechando a contratação, ainda na fase de memorando de entendimento, com a Pfizer. Pfizer que hoje já começa a vacinar, em caráter emergencial, alguns grupos na Inglaterra. Estamos atentos a tudo o que acontece no mundo. Assinamos uma carta de intenções, esse memorando de entendimento, garantindo mais 70 milhões de doses da Pfizer, já iniciando em janeiro de 21 o recebimento dessas doses”.
Ele destacou também a vacina da AstraZeneca:
“São 142 milhões de doses de vacinas que serão produzidas pela Fiocruz, inicialmente recebendo partes da vacina já pronta da AstraZeneca e, em seguida produzindo, a partir do insumo farmacológico, com a transferência da tecnologia. Então, nós importamos a tecnologia da AstraZeneca, iniciamos com 100 milhões de doses no primeiro semestre e depois 160 milhões no segundo semestre, já com a tecnologia incorporada”.
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