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    Nísia Trindade diz que tem "boa relação" com o Congresso, mesmo diante de críticas relacionadas à gestão da pasta

    Parlamentares vêm reclamando da falta de transparência nos critérios técnicos adotados pelo Ministério para determinar a distribuição das verbas

    Ministra Nísia Trindade (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

    247– A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta segunda-feira (8) que mantém um bom relacionamento com o Congresso Nacional. A declaração surge em meio a críticas de congressistas relacionadas à gestão da pasta, especialmente em relação à alocação de recursos para Estados e municípios. Os parlamentares vêm reclamando da falta de transparência nos critérios técnicos adotados pelo Ministério para determinar a distribuição dos fundos.

    “Me reuni e recebo deputados, individualmente e em bancadas. Bancadas de Estados governados por partidos da base e de oposição. Senadores, igualmente. Então, vejo que não há nenhum problema na relação com o Congresso”, afirmou Nísia Trindade em uma entrevista concedida no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

    “No caso das emendas, a gente fez a execução de 98% delas (em 2023). Além disso, nós estabelecemos um diálogo com as lideranças, mostrando as ações que são prioritárias no PAC e chamando os parlamentares (a participar)”, acrescentou.

    A ministra também negou que tenha havido descontrole na destinação de recursos para os municípios por meio de uma portaria editada no ano passado, que liberou o limite de transferência de recursos. Com essa medida, aproximadamente 651 municípios receberam mais que o teto de recursos de média e alta complexidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde, enquanto outros ficaram sem nada.

    “Nós seguimos estritamente o que estava inclusive em apontamentos do Tribunal de Contas da União. Em alguns casos de destinação, o teto para média e alta complexidade, ou mesmo o teto para a atenção primária, ele não era algo cabível, em alguns casos”, disse.

    Ela também refutou a ideia de que a priorização dos recursos tenha sido influenciada por indicações de congressistas. No entanto, os encontros para discutir a liberação dos fundos estão registrados na agenda oficial do Ministério da Saúde. (Com informações de Estadão).

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