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No Dia do Trabalhador, Lula promete despenalizar classe média e fazer rico pagar mais

Presidente também sancionou no ato de 1º de Maio em São Paulo a extensão da faixa de isenção do Imposto de Renda

Presidente Lula no ato do Dia do Trabalhador em São Paulo (Foto: ABr)

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Rede Brasil Atual - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira, 1º de Maio, no estádio do Corinthians, na zona leste da capital paulista, do ato unificado das centrais sindicais pelas celebrações do Dia do Trabalho.

No evento, o presidente sancionou o Projeto de Lei (81/2024) que altera os valores da tabela progressiva mensal do Imposto de Renda. A  faixa de isenção foi estendida para quem ganha até dois salários mínimos (R$2.824). “No nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e sim para os que trabalham”, anunciou o presidente.

“Nessa proposta do Imposto de Renda, todo alimento da cesta básica será desonerado. Não terá Imposto de Renda sobre a comida do povo trabalhador desse país.”, ressaltou o presidente.  Lembrou ainda da proposta para desonerar o Imposto de Renda até R$5 mil. “Vamos despenalizar as pessoas de classe média que pagam muito e fazer com que o muito rico pague mais, porque só o pobre paga”.

Aprendendo a conversar - Lula afirmou que ministros e parlamentares “aprenderam a conversar” e minimizou os atritos recentes com o Congresso.   Destacou que o  governo conseguiu aprovar os principais projetos que apresentou como a Reforma Tributária.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá a impressão que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressista que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Eu quero fazer um reconhecimento. É que nós fizemos alianças políticas para governar e até hoje, prestem atenção, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses que o governo queria. E isso por competência dos ministros, por competência dos deputados que aprenderam a conversar ao invés de se odiarem”, disse.

Palanque em São Paulo  - Ao lado do presidente estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, e Cida Gonçalves, ministra das Mulheres. No mesmo palanque,  Lula destacou a presença do deputado federal Guilherme Guilherme Boulos (PSOL). 

Lula afirmou que o líder do MTST está disputando “uma verdadeira guerra aqui em São Paulo”. “Está disputando contra nosso adversário nacional, contra nosso adversário estadual e contra nosso adversário municipal. Está enfrentando três adversários”.

 Por um Brasil mais justo - Com o slogan “Por um Brasil mais justo”, líderes sindicalistas se revezaram no palanque do evento com as atraçoes musicais ao longo do dia e defenderam bandeiras de emprego decente, correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, valorização do serviço público e salário igual para trabalho igual. Manifestantes também pedem a revogação da reforma trabalhista e da previdência.  Pelo sexto ano consecutivo, as centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública fazem, de forma unificada, o ato político do 1º de Maio.

Festival Cultura e Direitos - O ato do Dia do Trabalhador continua com o Festival Cultura e Direitos com apresentações artísticas e musicais de cantores como Paula Lima, Quesito Melodia, Afonsinho BV, Pagode dos Meninos, Trio da Lua- Na trilha do Xaxado, Taty Dantas, Dexter, Roger Deff, Bateria Show da Gaviões da Fiel, Afro-X, Arnaldo Tiffu, Almirzinho, Arlindinho, Ivo Meirelles e Doce Encontro.

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