Novo acordo de Itaipu beneficiou empresa ligada ao clã Bolsonaro, afirma jornal paraguaio
Reportagem do jornal paraguaio ABC revela que o advogado José Rodríguez González, que atua como assessor jurídico informal do vice-presidente, Hugo Velázquez, teria agido para beneficiar a a empresa brasileira Léros Comercializadora, que seria ligada à família Bolsonaro, no acordo secreto de renegociação da usina de Itaipu, assinado no dia 24 de maio
Revista Fórum - Reportagem do jornal ABC, do Paraguay, nesta quarta-feira (31) revela que o advogado José Rodríguez González, que atua como assessor jurídico informal do vice-presidente, Hugo Velázquez, intermediou a exclusão de uma cláusula para beneficiar a a empresa brasileira Léros Comercializadora, que seria ligada à família Bolsonaro, no acordo secreto de renegociação da Usina Hidrelétrica de Itaipu, assinado no dia 24 de maio pelos presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez.
O acordo só foi tornado público na semana passada por exigência do Senado paraguaio. No documento, um dos termos – classificado pela mídia paraguaia como ítem 6 – teria sido excluído para beneficiar a empresa brasileira, do setor de energia, que seria ligada clã Bolsonaro, segundo González.
O “ítem 6” estava no projeto original do acordo e dizia que a Administración Nacional de Electricidad (ANDE), do Paraguai, poderia comercializar energia excedente no mercado brasileiro, afetando os negócios da Léros.
Segundo o jornal ABC, em 23 de maio, às vésperas do dia em que o acordo secreto foi assinado em Brasília, González enviou aos executivos da ANDE uma das mensagens mais comprometedoras. Em nome do presidente Mario Abdo Benítez e do vice Hugo Velázquez, ele solicitou a exclusão do ítem 6 do Acordo Bilateral com o Brasil.
O advogado teria escrito em mensagem que o item 6 não deveria ser incluído “porque em conversas com o mais alto comando do país vizinho, concluiu-se que não é o mais favorável, a fim de proteger o manuseio prudencial da informação para que a operação em andamento seja efetivada com o maior sucesso”, informa o jornal. Dessa forma, a ANDE, estatal de energia paraguaia, não poderia mais comercializar o excedente de energia em solo brasileiro.
Leia a íntegra da reportagem na revista Fórum.
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