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    Novo depoimento de Mauro Cid pode complicar ainda mais a situação de Bolsonaro

    Ex-ajudante de ordens terá de explicar o possível envio de R$ 100 mil a manifestantes golpistas. Dinheiro pode ter saído de conta de suprimentos da Presidência

    Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: ABr | Agência Senado )

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    247 - A Polícia Federal colocou como uma das prioridades da nova oitiva no âmbito da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid investigar a fundo a  promessa de R$ 100 mil feita pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) ao major Rafael Martins de Oliveira para apoiar manifestações golpistas em Brasília, destaca a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo. 

    As mensagens trocadas entre Cid e Martins, expostas na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a operação Tempus Veritatis, deflagrada na semana passada pela PF, indicam a intenção de financiar a participação de pessoas em manifestações, levantando questões sobre a origem do dinheiro. O diálogo revela a pergunta de Cid se R$ 100 mil seriam suficientes para o transporte de pessoas para Brasília. Martins então envia uma mensagem intitulada "Copa 2022" com a estimativa que ele chama de “necessidades essenciais”. >>> PF cruzou dados do Alvorada e de celulares para confirmar relato de Mauro Cid sobre minuta de decreto golpista

    Segundo a reportagem, “esse é um dos assuntos sobre o qual Cid não disse nada na delação premiada à Polícia Federal e vai ser cobrado a falar agora se não quiser perder os benefícios do acordo – que permitiu a sua saída do batalhão do Exército em Goiás, onde ficou preso por quatro meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes”. >>> Gonet deve acelerar denúncia contra Bolsonaro, que pode pegar 23 anos de cadeia e ficar inelegível até 2047

    A PF avalia que os diálogos evidenciam o papel de Cid, então braço-direito de Bolsonaro, na organização e financiamento de manifestações que culminaram nos atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado. Ainda segundo a reportagem, “uma das hipóteses com as quais os investigadores trabalham é a de que a origem do dinheiro seria uma conta de suprimentos da própria Presidência da República”, o que complicaria ainda mais a situação do ex-mandatário.

    A investigação busca esclarecer se os R$ 100 mil foram enviados e para qual conta, com indícios de que o dinheiro financiaria a viagem de oficiais das Forças Especiais para apoiar o plano golpista discutido em reuniões em prédios de apartamentos funcionais de militares em Brasília.

    Mauro Cid não abordou esses pontos em seus depoimentos anteriores, incluindo uma reunião gravada em vídeo em julho de 2022 e os encontros entre Bolsonaro e o general Estevam Teophilo, então comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército, que teria prometido apoio militar ao golpe. Ainda conforme os investigadores, Cid também “pouco disse” em “relação às tratativas para um golpe além de contar da reunião de 28 de novembro de 2022 em que foi discutida uma minuta de decreto golpista”.

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