Números mostram que Bolsonaro sabotou órgãos ambientais e mentiu na Conferência do Clima
A dotação inicial da rubrica orçamentária 214N, que diz respeito à fiscalização do Ibama, foi de R$ 80,3 milhões (2020), R$ 112 milhões (2019) e R$ 124,4 milhões (2018), com valores atualizados pelo IPCA. Dados demonstraram que Jair Bolsonaro mentiu ao dizer que dobrou o aporte financeiro aplicado em ações pela preservação ambiental
247 - Dados estatísticos apontaram que Jair Bolsonaro mentiu, nesta quinta-feira (22), ao dizer na Cúpula do Clima, organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que o Brasil dobrou a aplicação de recursos para ações de fiscalização ambiental. O aporte de dinheiro na área caiu do último ano do governo Michel Temer em diante.
De acordo com o Blog do Sakamoto, a rubrica orçamentária 214N, que diz respeito à fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), está no orçamento de 2021 com R$ 94 milhões - governo federal propôs 82,9 milhões. A rubrica teve dotação inicial de R$ 80,3 milhões (2020), R$ 112 milhões (2019) e R$ 124,4 milhões (2018), com valores atualizados pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
Em sua fala na conferência, Bolsonaro disse que determinou "o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados a ações de fiscalização".
Além da mentira, a cúpula acendeu um alerta para as relações diplomáticas do Brasil, pois o presidente americano, Joe Biden, nem quis ouvir o discurso de Bolsonaro.
'Vergonha', diz Lula
No Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula ressaltou a importância da Cúpula Mundial do Clima. E criticou o governo Bolsonaro. De acordo com o petista, os recordes de desmatamento no Brasil são o "resultado de uma política de destruição que envergonha os brasileiros e ameaça o planeta; um legado trágico que haveremos de superar pela via da democracia".
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