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Operação Trapiche: PF contesta governo de Israel e reforça que não se pode antecipar a conclusão das investigações

'Não cabe à PF analisar política externa', disse a corporação após autoridades israelenses acusarem Hezbollah e Irã

Hezbollah e Polícia Federal (Foto: REUTERS | Divulgação/Polícia Federal)

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247 - A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quinta-feira (9) uma nota sobre a Operação Trapiche, em que dois brasileiros foram presos por supostamente planejar um atentado em ligação com planos do Hezbollah, grupo islâmico anti-Israel nascido no Líbano.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e a PF haviam confirmado a ação conjunta. A corporação reforçou que não se pode fazer conclusão sobre relações entre governos de diferentes países. Em nota, o governo israelense afirmou que o seu sistema de espionagem, o Mossad, e a PF frustaram "um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime iraniano". A ação policial ocorreu em um contexto de conflito entre israelenses e palestinos no Oriente Médio.

"Não cabe à PF analisar temas de política externa", destacou a corporação, que afirmou ter "a cooperação internacional como instrumento para combater de maneira eficaz a criminalidade organizada transnacional e para preservar a segurança interna". "Todas as suas ações são técnicas, balizadas na Constituição Federal e nas leis brasileiras", continuou.

"A Polícia Federal ressalta que o inquérito apura fatos de forma imparcial e isenta, buscando a verdade, seguindo a legislação brasileira e os acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Cabe exclusivamente às instituições brasileiras definir os encaminhamentos e conclusões sobre fatos investigados em território nacional. Não se pode antecipar conclusões sobre os resultados da investigação, que segue seu rito de acordo com a lei brasileira".

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