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    Padilha: Por um SUS de qualidade para todos e não um negócio para poucos

    O deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde no governo Dilma, escreve que "o governo pensa que o atendimento prestado nesses serviços não é um direito ou forma de cuidar, mas sim uma oportunidade de negócios para a privatização da Atenção Primária. Quer vender algo que nem é de responsabilidade dele"

    Parlamentares da oposição em luta pela revogação do Decreto 10.530/2020 (Foto: Reprodução)

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    247 - "Com certeza todos já estiveram em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), seja para passar em consulta ou para tomar vacina. Sabe aquela equipe de profissionais de saúde que acompanham as famílias e visitam a casa das pessoas? Elas fazem parte da equipe do programa Estratégia Saúde da Família, que foca no olhar integral e leva atendimento de saúde para mais perto das pessoas. Esse programa é constituído por uma equipe de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde". 

    "Ainda de apoio a essa equipe, também compõe o atendimento nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, farmacêuticos, dentistas. O Brasil conta com cerca de 44 mil UBS que são a porta de entrada para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), esse atendimento está inserido no que chamamos de Atenção Primária em Saúde, que tem os municípios como gestores", escreve o deputado Alexandre Padilha na Revista Fórum

    Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 60% da população brasileira é atendida por uma equipe do Estratégia Saúde da Família, mas infelizmente isso vem caindo no governo Bolsonaro. Segundo a pesquisa nacional de saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada em 2019, 38.4% dos domicílios revelaram ter recebido uma visita mensal de agentes comunitários de saúde ou de algum outro membro da Equipe de Saúde da Família no ano passado. Em 2013, esse número era de 47.2% 

    "Estou explicando como funciona este que é o principal atendimento no SUS porque foi assustador o decreto que o governo Bolsonaro anunciou esta semana, que foi revogado horas depois pela repercussão negativa, que autoriza estudos para participação de empresas privadas no SUS, sem o consentimento dos municípios". 

    "Junto com outros deputados federais, apresentamos um Projeto de Decreto Legislativo para suspender este decreto, o que se somou às inúmeras manifestações contrárias a medida e que fizeram o governo recuar na proposta".

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