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    Padre indiciado escreveu e compartilhou 'oração ao golpe', diz relatório da PF

    A mensagem pedia que os brasileiros incluíssem nas preces nomes de militares que poderiam estar ligados à suposta trama golpista

    O padre José Eduardo de Oliveira e Silva (Foto: Reprodução/@pejoseeduardo/Instagram)

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    247 – O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, indiciado pela Polícia Federal (PF) ao lado do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e de mais 35 pessoas no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022, escreveu e repassou pelo WhatsApp uma "oração ao golpe". A mensagem pedia que os brasileiros incluíssem nas preces nomes de militares que poderiam estar ligados à suposta trama golpista.

    A informação está no relatório final da investigação conduzida pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do documento nesta terça-feira (26). 

    Na oração, enviada em 3 de novembro de 2022, o padre mencionava nomes como o do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e de outros militares. Na mensagem, o religioso solicitava que os fiéis rezassem por eles, pedindo “para que Deus lhes dê a coragem de salvar o Brasil, lhes ajude a vencer a covardia e os estimule a agir com consciência histórica e não apenas como funcionários público (sic) de farda".

    O relatório aponta que José Eduardo esteve em Brasília nos meses de novembro e dezembro daquele ano, visitando o comitê de campanha de Bolsonaro e o Palácio da Alvorada.

    Em depoimento, o padre afirmou que o objetivo da viagem era prestar apoio espiritual a Filipe Martins, então assessor da Presidência, e ao próprio Bolsonaro. No entanto, a PF sustenta que ele teria participado de discussões relacionadas à organização do golpe.

    Em uma mensagem enviada a um interlocutor no dia 6 de novembro, o padre fez um comentário sobre as possíveis consequências do decreto de um golpe de Estado. Ele escreveu: "se ele [Bolsonaro] não fizer isso [assinar decreto do golpe de Estado], ele vai se foder e o povo também vai se foder; se ele fizer isso, ele não vai se foder, mas o povo vai ser (sic) foder e, depois, vai foder ele; se ele fizer o que tem que fazer, ele não vai se foder e o povo não vai se foder, mas depois vão foder ele do mesmo jeito (altas conversas metafísicas em Brasília)".

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