Pazuello admite ao STF que não tem seringas para vacinação
O Brasil não possui seringas suficientes para a vacinação inicial de Covid-19, ao contrário do que declarou Eduardo Pazuello na semana passada, admitiu o Ministério da Saúde nesta quarta-feira ao STF
247 - "Estima-se que há nos estados mais de 52 milhões de seringas e agulhas aptas para a realização da vacinação, enquanto a estratégia para os grupos listados estima quase 30 milhões de doses para o esquema vacinal completo de duas doses", disse o Ministério da Saúde, em documento assinado por Pazuello e enviado ao Supremo nesta quarta-feira (13).
O ministério afirmou que os números foram contabilizados a partir de e-mails enviados aos estados em 27 de novembro, e que "apenas" oito estados não terão seringas o bastante, informa a coluna de Guilherme Amado na Época.
"Verifica-se apenas que os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina não teriam estoque suficiente para suprir essa demanda inicial, caso houvesse a disponibilidade imediata das 30 milhões de doses", afirmou o Ministério, em uma tentativa de minimizar que mais de um terço dos estados ficarão impedidos de imunizar sua população a contento em uma pandemia que já matou 205 mil brasileiros.
Em outros momentos, o Ministro da Saúde tinha afirmado o oposto: "Senhoras e senhores, não existe falta de seringa", declarou Pazuello, durante um pronunciamento no Palácio do Planalto na semana passada, quando demonstrou irritação, atacou a imprensa e se recusou a responder perguntas dos repórteres.
Ainda segundo o documento endossado pelo general Pazuello, a pasta tem a "expectativa" de adquirir 40 milhões de seringas até o fim de janeiro.
Esse documento foi enviado ao gabinete de Ricardo Lewandowski, relator de uma ação movida pela Rede Sustentabilidade.
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