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    Pazuello insistiu em negociação com intermediários mesmo após alerta de Dimas Covas sobre Butantan ser representante da Sinovac

    Mesmo diante do aviso, o general da ativa insistiu em negociar 30 milhões de doses da CoronaVac com uma empresa intermediária, a um preço três vezes superior do negociado pelo Butantan

    Eduardo Pazuello e Dimas Covas (Foto: ABr | GOVSP)

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    247 - O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que alertou "por várias vezes" o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello sobre o fato de o instituto ser o representante exclusivo no Brasil do laboratório chinês Sinovac, que desenvolve a CoronaVac. Mesmo diante do aviso, o general da ativa insistiu em negociar 30 milhões de doses do imunizante com uma empresa intermediária, a um preço três vezes superior do negociado pelo Butantan. 

    Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que Pazuello se reuniu em 11 de março com representantes da empresa World Brands, que lida com comércio exterior. No encontro, o ex-ministro teria prometido a compra aos executivos. 

    Em entrevista ao G1, Covas disse que estava claro para o ministério, antes de março, que "a vacina CoronaVac é produzida no Butantan com o IFA da China" e que "não haveria outra forma de obter vacina que não fosse por intermédio do Butantan".

    "O ministério era sabedor que o Butantan era o representante exclusivo da Sinovac e o responsável pelo uso da vacina no Brasil", disse o diretor do Instituto Butantan.

    "Alertei por várias vezes, não sei se foram 8 exatamente. E alertei para vários interlocutores do Ministério. Inclusive para o ministro [Pazuello]".

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