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    Pesquisador atesta farsa da denúncia da campanha de Bolsonaro sobre suposto boicote a propagandas eleitorais

    Engenheiro do Centro de Pesquisas em Telecomunicações da PUC-Rio concluiu que as inserções eleitorais de Bolsonaro foram veiculadas normalmente

    Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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    247 - Uma checagem realizada pelo engenheiro Miguel de Andrade Freitas, pesquisador do Centro de Pesquisas em Telecomunicações da PUC-Rio (CETUC/PUC-Rio), apontou uma discrepância nos dados do relatório utilizado pela campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) para tentar melar a eleição sob a alegação de que milhares de inserções da campanha bolsonarista não teriam sido veiculadas por  emissoras de rádio, como determina a legislação eleitoral. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, as inserções, “na realidade, foram veiculadas normalmente”.

    “Os arquivos em áudio dessas propagandas com o registro da exibição nas rádios podem ser checados nos próprios arquivos disponibilizados pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, ao TSE e ao público”, destaca a reportagem. 

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    "A discrepância foi detectada comparando as tabelas fornecidas pela Audiency com os áudios brutos da programação das rádios que fazem parte do material entregue pela própria campanha de Bolsonaro ao TSE. O relatório da Audiency sobre as inserções da rádio Bispa afirmava que as peças de Bolsonaro para o dia 11 de outubro haviam sido exibidas apenas 13 vezes, quando as de Lula (PT) teriam sido veiculadas 33 vezes. Depois de checar os áudios, porém, Freitas concluiu que na verdade as inserções do PL foram exibidas 22 vezes”, diz a colunista.

    Para o pesquisador,  o fato do software utilizado pela Audiency - empresa contratada pelo PL para realizar o serviço que apontou a suposta falta de inserções da campanha de Bolsonaro - não ter contabilizado 41% das inserções demonstra que a metodologia utilizada pela empresa não é  confiável e também não servem para comprovar algum tipo de ação deliberada para prejudicar a campanha do atual ocupante do Palácio do Planalto.

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    “O que essa discrepância demonstra é que a ferramenta da Audiency não tem a confiabilidade necessária para ser usada como ferramenta de auditoria”, disse Freitas. 

    “Para encontrar um determinado audio na programação, a empresa precisa primeiro inserir esse áudio na base de dados para depois procurar por peças semelhantes. O que pode ter acontecido é a Audiency não ter essas peças em sua base, e por isso não tê-las encontrado”, observou o pesquisador. 

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