PF já indiciou 35 militares por envolvimento em esquemas para beneficiar Bolsonaro
Entre os indiciados estão oito generais, três almirantes, sete coronéis, dois majores, seis tenentes-coronéis, um subtenente, um tenente e três sargento
247 - A Polícia Federal (PF) intensificou as investigações em torno de esquemas que teriam beneficiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato, envolvendo desde a venda de joias sauditas no exterior até fraudes em cartões de vacinação e tentativas de golpe de Estado. Segundo a coluna da jornalista Pepita Ortega, do jornal O Estado de S. Paulo, até o momento, 35 militares e aliados próximos já foram indiciados, incluindo nomes de alta patente e ex-assessores diretos.
Entre os militares indiciados estão oito generais, três almirantes, sete coronéis, dois majores, seis tenentes-coronéis, um subtenente, um tenente e três sargentos – o que inclui também um policial militar. O total de investigados pode crescer à medida que novos desdobramentos surjam das operações em curso.
Dois ex-assessores diretos de Bolsonaro, o coronel Marcelo Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, figuram entre os 11 nomes mais recentes indiciados na Operação Contragolpe. Cid, que fechou um acordo de delação premiada, e Câmara são apontados como peças-chave em três inquéritos envolvendo esquemas fraudulentos: a adulteração de dados em cartões de vacinação, o plano para vender joias de alto valor recebidas em missões oficiais e as articulações para uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
O caso das joias sauditas, revelado inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo, trouxe à tona transações irregulares envolvendo bens recebidos por autoridades brasileiras em eventos diplomáticos. Já a fraude nos cartões de vacinação inclui a produção de documentos falsos com o objetivo de driblar restrições relacionadas à pandemia de Covid-19.
Além dos militares, outros aliados próximos de Bolsonaro também enfrentam indiciamentos. Entre eles, estão o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, os deputados federais Alexandre Ramagem e Gutemberg Reis, o advogado Frederick Wassef, o ex-chefe da Receita Federal Júlio Cesar Vieira Gomes, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
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