Pimenta defende isenção para 36 milhões em troca de tributação sobre alta renda
Ministro destaca justiça social em proposta que beneficia assalariados de até R$ 5 mil e cobra contribuição de quem mais ganha
247 – Em entrevista ao Canal Gov nesta sexta-feira (29), Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou que a proposta de isentar do imposto de renda os assalariados que ganham até R$ 5 mil é uma medida de justiça social e tributária. Segundo ele, a iniciativa beneficiará 36 milhões de famílias e exigirá uma contribuição de cerca de 100 mil pessoas que possuem rendimentos elevados em bônus, dividendos, aluguéis e aplicações financeiras.
“Quando isentamos R$ 5 mil do imposto de renda para 36 milhões de famílias, este dinheiro volta para a economia, gerando mais empregos e impostos. É uma política de justiça tributária e social. Quem ganha mais precisa colaborar”, declarou o ministro, ressaltando que essa contribuição pode chegar a até 10% sobre os rendimentos que excedem o salário.
Reação do mercado
Pimenta criticou o que chamou de reação "inconsequente" do mercado financeiro às medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo Governo Federal. Ele afirmou que o país está no rumo certo, com crescimento econômico, geração de empregos e inflação sob controle, mas destacou a necessidade de equilíbrio fiscal para sustentar esses avanços.
“Precisamos garantir a queda dos juros e um dólar em patamar adequado para não impactar o custo dos alimentos e combustíveis. A proposta vai reduzir R$ 70 bilhões em despesas em dois anos, assegurando confiança aos investidores e reafirmando o compromisso do presidente Lula com a responsabilidade fiscal, marca de seus governos anteriores”, afirmou.
Isenções e supersalários
O ministro destacou a existência de mais de R$ 500 bilhões em isenções fiscais, muitas destinadas a grandes empresas, e criticou a ausência de reação negativa do mercado a esses privilégios. Ele também mencionou os supersalários no setor público, com casos de servidores recebendo mais de R$ 1 milhão por mês, que também passam despercebidos pelo mercado.
“O que não podemos é nos tornar reféns dos especuladores que apostam contra o Brasil. Esses vão perder. O país vai continuar crescendo, criando oportunidades, gerando emprego, distribuindo renda, controlando a inflação e diminuindo os juros. O Brasil está no rumo certo”, concluiu Pimenta.
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