Planalto vê Trump mais forte no retorno à Casa Branca e ameaça à democracia brasileira
Trump terá, desta vez, Legislativo e Judiciário a seu favor. Para conselheiros de Lula, Brasil deve focar no BRICS e Mercosul
247 - Aliados do presidente Lula (PT) avaliam que o novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos terá mais força e deve pressionar a democracia brasileira, informa a jornalista Daniela Lima, do G1. Trump conseguiu vencer Kamala Harris no voto popular e deve construir maioria na Câmara e no Senado que, aliados a uma Suprema Corte conservadora, darão mais poder ao novo presidente.
"Ao contrário de 2016, ele agora teve também a maioria do voto popular. Deve fazer a maioria na Câmara, já tem a do Senado e, mesmo antes de sair, tinha moldado uma suprema corte conservadora", avalia um conselheiro de Lula. Nesse sentido, Trump pode ter mais força para implementar políticas mais extremas, como uma possível deportação em massa, além de revanches contra adversários políticos. "Algumas propostas precisam de maioria absoluta no congresso americano, mas sem dúvida ele terá mais espaço para manobra", explica o aliado do presidente brasileiro.
Diante desse cenário, o amplo poder trumpista nos Estados Unidos pode ter implicações diretas na política brasileira. Comissões na Câmara e no Senado americanos podem dar espaço para questionamentos à democracia brasileira, à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e à inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.
Com a radicalização da política externa dos Estados Unidos, com possíveis políticas protecionistas, a China deve ganhar importância estratégica para o Brasil, avaliam conselheiros de Lula. "Nesse cenário, BRICS e Mercosul precisam ser analisados como mercados estratégicos para o Brasil", defendem.
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