Prefeitos reeleitos nas capitais tomam posse nesta quarta, enquanto miram 2026
Movimentação política para as próximas eleições ganha força, enquanto temas como segurança, transporte e clima permanecem no centro das atenções
247 - Reeleitos para liderar oito das principais capitais brasileiras, prefeitos iniciam seus mandatos de olho em novos desafios e nas disputas eleitorais de 2026. Segundo o jornal O Globo, nomes como Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro, e Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, já projetam estratégias que podem influenciar as eleições estaduais e nacionais, enquanto lidam com demandas complexas em áreas como segurança, mobilidade urbana e mudanças climáticas.
No Rio, Paes tem planos de concorrer ao governo estadual, mesmo enfrentando oposição organizada por caciques políticos do interior, liderados pelo governador Cláudio Castro (PL). Já em São Paulo, Ricardo Nunes adota um tom mais discreto sobre suas ambições políticas, mas sua aliança com Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode abrir espaço para o MDB na disputa estadual. Nunes, que anunciou recentemente o aumento da tarifa de ônibus para R$ 5 após quatro anos congelada, também destaca a segurança pública como prioridade.
Cenários variados em outras capitais - Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (União Brasil), reeleito com ampla aprovação, desponta como possível candidato ao governo da Bahia, mas sublinha publicamente que o ex-prefeito ACM Neto (União) seria a prioridade de seu grupo político.
Outro cenário de disputa ocorre em Maceió, onde o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), é apontado como provável candidato a governador ou senador, enfrentando uma delicada articulação política com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Caso dispute o Senado, JHC pode abrir espaço para aliados em um alinhamento estratégico na política alagoana.
No Recife, João Campos (PSB) é considerado o principal nome para o governo de Pernambuco em 2026. Reeleito com ampla vantagem, Campos consolida a força de seu grupo político, que deve polarizar com forças oposicionistas na região.
Atuação como cabos eleitorais - Em Belo Horizonte e Manaus, os prefeitos Fuad Noman (PSD) e David Almeida (Avante) têm perfis menos ambiciosos para 2026, mas desempenham papéis estratégicos. Noman, que enfrenta problemas de saúde, pode ajudar a consolidar candidaturas dentro do PSD em Minas Gerais, como a de Rodrigo Pacheco ou Alexandre Silveira. Em Manaus, Almeida, aliado de Omar Aziz (PSD-AM), apoia o senador como principal nome ao governo do Amazonas, mas o cenário pode ser alterado caso o governador Wilson Lima (União Brasil) decida renunciar.
Desafios imediatos e conjuntura climática - Além das movimentações eleitorais, os prefeitos enfrentam desafios urgentes em suas cidades. Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre, reeleito após uma gestão marcada por enchentes devastadoras, surge como possível nome bolsonarista ao governo do Rio Grande do Sul. Sua candidatura, contudo, pode ser disputada pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB), aliado do atual governador Eduardo Leite (PSDB).
As questões climáticas, transporte público e segurança são comuns a todas as capitais mencionadas. Esses temas, além de suas implicações sociais, podem determinar o peso político dos prefeitos em suas cidades e influenciar o desempenho de aliados em 2026. Com o horizonte de renovação política e desafios práticos, o cenário para os próximos dois anos promete ser de articulações intensas e transformações nas capitais brasileiras.
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