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    Prerrogativas rebate procuradores que recorreram de decisão de Toffoli contra Lava Jato: "querem tumultuar"

    Grupo de juristas defendeu que a ANPR faça uma "forte e sincera autocrítica"

    Sessão Solene para a Entrega de Salva de Prata ao Grupo Prerrogativas 7/3/23 (Foto: Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo)

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    247 - O Grupo Prerrogativas veio a público nesta sexta-feira (8) denunciar a tentativa da Associação de Procuradores da República (ANPR) de deslegitimizar a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou o conjunto suspeito de provas utilizadas contra a Odebrecht. Toffoli também afirmou na decisão que a prisão do presidente Lula em 2018 foi uma "armação", o que enfureceu os aliados do ex-juiz suspeito de Sergio Moro. 

    A ANPR anunciou que vai recorrer da decisão do ministro Toffoli. Segundo o coletivo, o acordo firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Odebrecht resultou de uma “negociação válida”. 

    Confira a íntegra do posicionamento do Prerrogativas - O Grupo Prerrogativas, que desde o início combateu os desmandos e as ilegalidades da Operação Lava Jato, vem a público, mais uma vez,  para contestar narrativas acerca de fatos históricos que comprometeram a credibilidade de nossas instituições e nos envergonharam diante do mundo .

    Em face da decisão do ministro Dias Toffoli, na Reclamação n. 43.007, que anulou um conjunto suspeito de provas manejadas em acordos de leniência pela Força Tarefa do MP e pelo ex-juiz Sérgio Moro, a Associação dos Procuradores da República anuncia que pretende ingressar com recurso junto à Suprema Corte.

    A decisão do ministro Toffoli é oportuna, corajosa e histórica, e reconhece o que grande parte da comunidade jurídica, em especial o Grupo Prerrogativas, já dizia desde o início da Operação Lava Jato.

    Procuradores e juiz conduziram, de forma oficiosa e contra lei, negociações com autoridades estrangeiras, como se o Brasil fosse uma republiqueta qualquer, e desrespeitaram nossa soberania politica e econômica, causando prejuízos incalculáveis à sociedade brasileira, reconhecidos inclusive pelo atual Procurador-Geral da República.

    A correta decisão do Ministro mostra a importância do direito em uma democracia – que somente funciona dentro de determinadas regras e parâmetros. 

    Surpreende que Associações de Classe queiram manejar recursos sabidamente incabíveis, cujo objetivo parece nitidamente ser o de tumultuar e marcar posição juridicamente indefensável.

    O direito brasileiro pode até ter sofrido fortes abalos pelo estado de exceção e pelo estado de coisas inconstitucional montados pela Operação Lava Jato. Mas, sobreviveu e caminha a passos largos para um futuro em que as leis voltem a governar as pessoas , e não o contrário.

    Por isso, em vez de as Associações buscarem guarida em recursos sabida e notoriamente incabíveis e correrem o risco de litigância de má-fé, deveriam fazer uma forte e sincera autocrítica. A  República agradeceria.

    Seria, também , a melhor colaboração para a recuperação necessária e urgente de uma pequena parcela da credibilidade perdida com os escândalos recentes dos quais alguns dos seus integrantes participaram. 

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