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Presidente do PSDB diz que partido sofreu ataque especulativo de Kassab

Marconi Perillo acusa secretário de Governo de Tarcísio de articular ações que enfraqueceram a sigla em São Paulo

Marconi Perillo (Foto: Reprodução/Twitter/@marconiperillo)

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247 – O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou nesta segunda-feira (7), em entrevista à Folha de S. Paulo, que a sigla sofreu, em São Paulo, um ataque especulativo liderado pelo secretário de Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab (PSD), o que teria desidratado o tamanho do partido no estado. “Houve um ataque especulativo sobre os prefeitos do PSDB liderado pelo Kassab. Ele é meu amigo, mas foi ele. Um governo seduz com verbas, convênios. Mas sobrevivemos”, declarou Perillo, que já governou Goiás por quatro mandatos.

Ao comentar a redução do número de prefeitos eleitos em comparação a 2020 — de 523 para 276 —, Perillo destacou que, apesar do encolhimento, o PSDB ainda elegeu mais prefeitos do que o PT, partido do presidente Lula. “Elegemos mais que o PT sem a máquina federal. Não tenho motivos para reclamar. Estamos reerguendo o partido”, afirmou.

Perillo também apontou erros estratégicos cometidos pelo PSDB desde 2018, que culminaram no que ele chama de “tsunami” para a sigla. Um dos equívocos fatais, segundo ele, foi a decisão de não lançar candidatura própria à Presidência em 2022, quando João Doria foi forçado a desistir por falta de apoio interno. Apesar de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, ter sido cogitado para a disputa, o PSDB se aliou ao MDB de Simone Tebet, visando fortalecer a candidatura de Rodrigo Garcia em São Paulo. No entanto, Garcia não chegou ao segundo turno.

Na avaliação de Perillo, o declínio do PSDB começou em 2018, quando a campanha de Geraldo Alckmin “bateu só no Jair Bolsonaro e esqueceu o Lula”, adversário histórico do partido. Ele também lembrou das críticas feitas à maneira como João Doria comunicou as medidas de combate à Covid-19 em 2020, enfatizando que “não foi a política de vacina, mas como foi comunicado”. Perillo acredita que o eleitorado tucano, mais próximo do discurso bolsonarista, ficou insatisfeito com a estratégia adotada.

Apesar dos desafios, o líder tucano afirma que o partido está em processo de reconstrução. O PSDB, proporcionalmente, foi o sétimo partido que mais elegeu prefeitos, considerando a taxa de sucesso com base no número de candidatos lançados.

Marconi Perillo também reagiu às declarações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que em entrevista recente afirmou ter herdado um estado em crise das mãos do PSDB. O presidente tucano rebateu, dizendo que Caiado é “um pedreiro de obras prontas”, e que assumiu um estado com alto grau de desenvolvimento e contas em dia, resultado de administrações anteriores. “Caiado é o [Nicolás] Maduro [presidente da Venezuela] da direita. É truculento, persegue os opositores e mente. É um fascista”, disparou Perillo.

Ele criticou ainda a ênfase de Caiado no discurso da segurança pública, sem reconhecer os avanços realizados pela administração tucana na valorização das polícias. Além disso, reclamou do fato de Caiado não pagar a dívida com a União sob a justificativa de uma "herança maldita".

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