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    Quebra de sigilo de Bolsonaro deve mostrar caixa dois do Pix

    É possível que sejam identificados laranjas entre os que depositaram dinheiro na conta de Bolsonaro

    Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Marcello Casal Jr/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

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    247 - A expectativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que a quebra dos sigilos bancários de Jair Bolsonaro (PL) pode acertar em cheio em um eventual flanco do ex-presidente: as doações feitas a ele por meio do Pix, que somam R$ 17 milhões. O grande volume de recursos, transferidos em um espaço curto de tempo, levantou a suspeita de que, entre os doadores, possam estar "laranjas" que estariam oficializando, por meio dos depósitos, um recurso que na verdade era de caixa dois, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo .

    As suspeitas aumentaram depois da informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, para entregar a Bolsonaro depois da venda de joias no exterior.

    Jair Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix nos seis primeiros meses do ano. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que as movimentações atípicas podem ser consequência da "vaquinha" (campanha por doações) feita para o pagamento de multas com a Justiça. O valor foi divulgado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O órgão afirmou que, só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-ocupante do Planalto recebeu mais de 769 mil transações via Pix que totalizaram R$ 17.196.005,80. O montante representou quase todo o valor movimentado por ele no período, de R$ 18.498.532. 

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