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    Reconhecimento imediato de Lula à vitória de Trump reflete maturidade, avaliam diplomatas

    Postura de Lula difere da adotada por Jair Bolsonaro, que aguardou 38 dias após a eleição de Joe Biden, em 2020, para enviar cumprimentos formais

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 07/09/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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    247 - Diplomatas brasileiros de carreira consideram o reconhecimento imediato da vitória de Donald Trump como uma demonstração de acerto e maturidade por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em contraste a postura de Jair Bolsonaro (PL), que aguardou 38 dias após a eleição de Joe Biden em 2020 para enviar cumprimentos formais.

    Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, três diplomatas de alto escalão do Itamaraty, que preferiram não ser identificados, destacam que o gesto de Lula é um sinal político e diplomático positivo.

    Ainda de acordo com a reportagem, os diplomatas acreditam que as diferenças ideológicas entre Lula e Trump não representarão um obstáculo para a continuidade das relações entre Brasil e Estados Unidos, semelhante ao que se observa nas interações com a China, uma importante parceira comercial do Brasil.

    Um dos embaixadores consultados afirmou que o presidente Lula “fez o que se espera de um chefe de Estado, de um governo democrático, também eleito pelo povo.”

    Contudo, um dos diplomatas expressou que o apoio público de Lula à campanha da vice-presidente Kamala Harris teria sido “desnecessário” e “evitável”. Apesar disso, ele disse que não ver risco de que as relações bilaterais possam ser comprometidas. “Ficaria mais preocupado se o Elon Musk fosse ministro”, brincou em referência referindo-se à promessa de Trump de considerar o empresário dono da rede social X (antigo Twitter) em seu governo.

    Entre os possíveis desdobramentos dessa nova relação, os diplomatas preveem impactos nas decisões do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, além de influências no já complicado conflito entre Rússia e Ucrânia. Outra preocupação gira em torno da postura de Trump em relação à agenda ambiental, da qual o republicano tende a se distanciar, especialmente com a COP30 se aproximando e marcada para ocorrer no Brasil.

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