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Recusa do chefe da Aeronáutica em aderir ao golpe deixou general Heleno "atônito"

Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou à PF que informou ao general Augusto Heleno, então chefe do GSI, que não apoiaria uma tentativa de golpe de Estado

Augusto Heleno (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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247 - O tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), afirmou em seu depoimento à Polícia Federal que o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro (PL), teria ficado “atônito” ao ouvir sua recusa para participar de um golpe de Estado visando impedir a posse do presidente Lula (PT) e reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Segundo Baptista Júnior, o encontro com Heleno teria acontecido no dia 16 de dezembro de 2022, durante uma cerimônia de formatura do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), onde o neto do general era um dos formandos. Na ocasião, Heleno teria solicitado uma vaga em um avião da FAB para retornar à Brasília, pois havia sido convocado por Jair Bolsonaro para uma “reunião urgente”.

À PF, Baptista Júnior disse ter estranhado a urgência de uma reunião no final de semana e que chamou Heleno para uma conversa reservada. Na ocasião, ele teria afirmado que a FAB "não anuiria com qualquer movimento de ruptura da ordem democrática" e que Heleno reafirmasse o seu posicionamento ao então mandatário. Heleno, segundo o depoimento, teria ficado “atônito” e “desconversado sobre o assunto”.

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