Rejeitado no Podemos, Moro já admite migrar para União Brasil
Uma das razões para a mudança seria financeira, pois o União Brasil terá o maior orçamento partidário do País
247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro revelou a aliados que existem negociações para trocar o Podemos pelo União Brasil, revelou o blog de Guilherme Amado no Metrópoles. O União Brasil é o partido que surgirá da fusão entre o DEM e o PSL. Segundo a matéria assinada por Edoardo Ghirotto e Eduardo Barretto, a razão para Moro trocar de partido seria financeira.
Com bancada de deputados federais pequena, o Podemos teria limitações para financiar a campanha do ex-juiz da Lava Jato. O União Brasil, por outro lado, terá quase R$ 1 bilhão com a fusão dos fundos partidário e eleitoral, o maior orçamento do País.
De acordo com o Metrópoles, a presidente do Podemos, Renata Abreu, tem recebido diversos telefonemas para falar sobre o assunto nos últimos dias. Ela aponta que a estrutura do União Brasil ainda é uma incógnita e que considera difícil a saída de Moro.
Crise no Podemos
Além da questão financeira, existe uma crise no Podemos no Paraná, onde o partido é controlado pelo senador Álvaro Dias. Segundo a Carta Capital, dirigentes regionais e deputados da sigla estão insatisfeitos com os rumos da candidatura de Moro, pois implode acordos regionais, onde há negociações para apoiar o ex-presidente Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).
“Ironicamente, Moro corre o risco de perder o palanque justamente em seu estado, o Paraná. Desde o início das tratativas, o Podemos teria uma “trinca” já acertada: o ex-prefeito de Guarapuava Cesar Silvestri Filho concorreria ao governo estadual, Moro à Presidência e Dias ao Senado. Mas nesta manhã, Silvestri esteve em São Paulo e se filiou ao PSDB, abrindo um palanque no estado para a pré-candidatura de João Doria”, informa a Carta Capital.
No estado, Dias negocia aliança com o atual governador Ratinho Júnior (PSD), candidato à reeleição. O acordo dividiria o palanque presidencial entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro, segundo a reportagem. Desta forma, a candidatura do ex-juiz parcial não estará sendo priorizada nem no seu próprio estado, foco da Operação Lava Jato.
No entanto, um apoio de Dias desagrada Bolsonaro, que vê a possibilidade de viabilizar uma candidatura do PL ao governo do Paraná com Silvio Barros, ex-prefeito de Maringá e irmão de Ricardo Barros, líder do governo na Câmara dos Deputados e dirigente do Centrão.
A Carta ainda informa que a saída de Cesar Silvestri Filho da direção estadual do Podemos abre vaga, e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), também da Lava Jato, é um dos nomes cotados para assumir. Deltan deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
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