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    Ricardo Barros nega ter indicado diretor do Ministério da Saúde acusado de pedir propina de US$ 1 por dose de vacina

    Ricardo Barros disse que não indicou o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, acusado pelo representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, de pedir propina de US$ 1 por dose, durante negociação de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca

    Ricardo Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

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    247 - O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara e apontado pelo próprio Jair Bolsonaro como responsável pela corrupção na compra da vacina Covaxin, segundo o deputado Luis Miranda, se defendeu da nova denúncia de corrupção na compra de vacina contra a Covid-19

    Pelo Twitter, Ricardo Barros disse que não indicou o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, acusado pelo representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, de pedir propina de US$ 1 por dose, durante negociação de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca.

    "Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati", afirmou Barros. 

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, que traz a denúncia de corrupção, Roberto Ferreira Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). 

    A empresa Davati tentava negociar com o Ministério da Saúde 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 por cada (depois disso passou a US$ 15,5). "O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa', disse Dominguetti", diz a Folha. 

    Além da revelação da Folha de S. Paulo, uma segunda denúncia de corrupção envolvendo o nome do deputado Ricardo Barros também foi divulgada na noite desta terça-fera (29). 

    O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou à Crusoé ter sido chamado para duas reuniões nas quais recebeu propostas milionárias em propinas para não interferir no processo de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. Miranda teria sido chamado por Ricardo Barros e pelo lobista Silvio Assis para uma conversa na qual teria recebido a proposta de, em troca de seu silêncio acerca do caso da Covaxin, receber cerca de R$ 6 milhões. 

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