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    "Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo", teria dito chefe do Exército a Bolsonaro

    Na reunião em que Bolsonaro levou um plano golpista aos comandantes das Forças Armadas, o então chefe do Exército, general Freire Gomes, teria ameaçado prendê-lo

    Jair Bolsonaro e General Marco Antônio Freire Gomes (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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    247 - Um trecho da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), revela que o ex-mandatário se reuniu com comandantes militares para apresentar um plano de golpe de estado. Nesta reunião, segundo relato do próprio Cid, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria manifestado apoio à iniciativa. Nesta sexta-feira (22), o Valor Econômico revela que o então comandante do Exército, general Freire Gomes, ameaçou prender Bolsonaro caso fosse levada adiante o projeto golpista. >>> Mauro Cid recebeu estudo sobre "poder moderador" dos militares, que justificaria golpe após a vitória de Lula

    A reunião ocorreu em 24 de novembro de 2022, no Palácio da Alvorada. Garnier foi o único a afirmar seu apoio imediato a Bolsonaro, enquanto o comandante do Exército enfrentou: "se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo". O brigadeiro Carlos Batista, comandante da Aeronáutica, ficou calado diante da proposta de Bolsonaro. De acordo com a reportagem, Freire Gomes sabia que o golpe não poderia dar certo. "Freire Gomes sabia que os comandantes do Sul (Fernando Soares), do Sudeste (Thomaz Paiva), do Leste (André Novaes) e do Nordeste (Richard Nunes) não apoiariam. Além disso, os americanos — civis e militares — já haviam dado fartas demonstrações de que não apoiariam".

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