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    Sem apoio do Exército, Bolsonaro determina que Marinha e Aeronáutica participem de ato político no 7 de Setembro

    Uso do aparato militar é visto como uma tentativa de ampliar o apoio de simpatizantes da extrema direita e reverter a baixa popularidade do atual ocupante do Palácio do Planalto

    Bolsonaro com militares (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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    247 - A despeito da resistência do alto Alto Comando do Exército em participar de uma parada militar nas imediações da orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, no feriado de 7 de Setembro, Jair Bolsonaro (PL) determinou que a Marinha e a Força Aérea Brasileira (FAB) participem do ato por meio da presença de navios de guerra e demonstrações aéreas. A informação é da Folha de S. Paulo

    Bolsonaro pretende se encontrar com os apoiadores no período da tarde e o uso do aparato militar é visto como uma tentativa de ampliar o apoio de simpatizantes da extrema direita e reverter o atual quadro eleitoral, que segundo as pesquisas de intenção de voto é liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “A ideia em avaliação é disponibilizar cerca de dez navios de guerra da Marinha para o ato bolsonarista”, ressalta a reportagem. As demonstrações das embarcações da força naval são feitas tradicionalmente no período da manhã, mas devem ser alteradas de maneira a passar por Copacabana à tarde, “para coincidir com as manifestações”. O Ministério da Defesa ainda avalia levar aviões da Esquadrilha da Fumaça da FAB para realizar sobrevoos e manobras aéreas na orla.

    Segundo a reportagem, os comandos da Marinha e da FAB ainda não foram comunicados oficialmente sobre a determinação do atual ocupante do Palácio do Planalto. A ordem para a participação da Marinha e da FAB no evento de conotação política desejado por Bolsonaro foi dada por Bolsonaro após generais do Alto Comando do Exército e do Ministério da Defesa alegarem dificuldades logísticas e de segurança decorrentes da mudança de local. O desfile do 7 de Setembro no Rio de Janeiro ocorre tradicionalmente na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense.

    Além disso, a cúpula do comando do Exército teme que a participação dos militares no evento possa ser associada a possíveis ataques feitos por Bolsonaro contra a democracia e às instituições. 

    Atualização: Em campanha em Juiz de Fora nesta terça-feia (16), Jair Bolsonaro confirmou as aparições das Forças Armadas no Rio no 7 de setembro, mas sem desfile: “teremos um ato cívico. É impossível a tropa desfilar. Não haverá desfile da tropa dia 7 no Rio de Janeiro. Será tudo concentrado em Brasília. [No Rio] Terão palanques, teremos lá um movimento da Marinha na praia, nossa Força Aérea com a Esquadrilha da fumaça. A Artilharia nossa atirando. [O desfile] Não vai ter porque a previsão é de muita gente na praia, teremos dificuldades da tropa se organizar para para o desfile. Haverá um palanque, é um movimento cívico. Não pretendo fazer o uso da palavra lá”.

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