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"Seria uma boa decisão trazer a presidência do PT para o Nordeste", defende Humberto Costa

Coordenador do núcleo eleitoral do PT, o senador vê um "crescimento razoável" em 2024 em meio a uma "reconstrução lenta" do partido

Humberto Costa (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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247 - Coordenador do núcleo eleitoral do PT, o senador Humberto Costa (PE), em entrevista ao jornal O Globo, avaliou o desempenho do partido nas eleições municipais de 2024. Apesar de considerar que o PT apresentou um "crescimento razoável" ao eleger 248 prefeitos, número superior aos 182 eleitos quatro anos atrás, Costa reconhece que o resultado em São Paulo ficou aquém do esperado. O senador também enfatizou a importância de uma atuação mais firme do partido no segundo turno, com a presença do presidente Lula (PT) em mais eventos de campanha, especialmente no Nordeste. 

A atuação de Lula no segundo turno e críticas à estratégia do PT - Questionado sobre a presença mais intensa de Lula no segundo turno, Costa apontou que a concentração da disputa entre candidatos do "campo progressista" e da extrema direita facilita a participação do presidente sem atritos com aliados. No primeiro turno, Lula esteve presente em poucos eventos fora de São Paulo, o que gerou insatisfação entre apoiadores. "Houve insatisfação, mas também existe uma compreensão. Na reunião do comitê de campanha do PT, foi levantado, com razão: 'será que se ele tivesse ido a Teresina, a gente ganharia a eleição?'", disse o senador.

A presença de Lula no segundo turno, na avaliação de Costa, pode ser decisiva para o sucesso do partido nas capitais onde o PT ainda disputa. No entanto, ele reconhece que a reconstrução da sigla está lenta e que o desempenho do partido, especialmente em São Paulo, reflete desafios maiores que o PT precisa enfrentar, como o crescimento do antipetismo.

Cenário eleitoral do PT e a liderança nordestina - Apesar das críticas ao desempenho em cidades como Araraquara e São Bernardo do Campo, Costa destacou que "são questões locais". O senador acredita que o Nordeste tem se mostrado uma região estratégica para o crescimento do partido, defendendo que a experiência bem-sucedida do PT em cidades menores pode se expandir para municípios de médio porte. Ele sugere que a liderança do partido olhe mais atentamente para a região. "Seria uma boa decisão trazer a presidência do partido para o Nordeste", afirmou Costa.

Futuro do PT e desafios para 2026 - Humberto Costa também comentou sobre o impacto das eleições municipais na corrida presidencial de 2026. Para ele, a disputa de 2026 não será fácil, mesmo com o governo Lula apresentando resultados econômicos positivos. "Estamos com um governo muito bom, com a economia vivendo o melhor momento e, mesmo assim, a aprovação do governo não corresponde ao tanto que o país melhorou", disse ele, destacando que a polarização política deve continuar a marcar o cenário eleitoral.

Por fim, Costa rebateu as críticas de que o PT deveria abandonar a polarização com a extrema direita e focar em ações mais efetivas para a vida da população, como sugerido por figuras como Edinho Silva e Marília Campos. Para o senador, a força do PT está em sua clareza política e ideológica: "O PT cresceu tendo uma atuação política muito clara. E não há o que contestar".

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