Sidônio cria nova estratégia de comunicação, com respostas imediatas a ataques contra o governo Lula
Estratégia defendida pelo ministro da Secom tem como objetivo impedir que ataques à administração federal ganhem força sem resposta
247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotará uma estratégia de reação rápida às críticas, buscando minimizar os impactos negativos sobre a popularidade. A nova postura, defendida pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, tem como objetivo impedir que ataques à administração federal ganhem força sem resposta, algo que, segundo aliados, tem sido um dos fatores responsáveis pelo desgaste da gestão junto à opinião pública.
Para isso, segundo a coluna do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, a Secom estruturou um gabinete de monitoramento dedicado a acompanhar críticas nas redes sociais e nas declarações de opositores. Além disso, Palmeira tem incentivado a equipe ministerial a conceder mais entrevistas e ocupar espaços na mídia para defender as políticas do governo.
A estratégia já começou a ser colocada em prática. No último fim de semana, durante a manifestação bolsonarista em defesa do PL da Anistia, assessores do governo acompanharam de perto os discursos e, diante das críticas à gestão federal, integrantes da Esplanada reagiram rapidamente.
Uma das respostas veio da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), que usou as redes sociais para rebater declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a alta nos preços dos alimentos. Da mesma forma, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), foi rápido em responder aos ataques de Jair Bolsonaro (PL), seguindo a nova orientação do Palácio do Planalto.
A avaliação dentro do governo é de que a demora na reação a críticas da direita tem sido um dos principais fatores para a queda da popularidade de Lula. Além disso, há um entendimento de que a sociedade tende a responsabilizar o governo federal por todos os problemas, mesmo aqueles que não estão sob a responsabilidade direta do Executivo.
Nesse sentido, a estratégia de comunicação visa reforçar a narrativa de que determinados desafios são estruturais e não podem ser atribuídos exclusivamente ao Planalto.
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