Silvio Almeida sobre assassinato de Moïse Kabagambe: "e ainda há quem negue que racismo seja relação de poder"
"A situação de Moise não é singular e só medidas amplas podem se opor de forma eficiente a essa barbárie", diz o advogado e professor
247 - O advogado e professor Silvio Almeida usou as redes sociais para cobrar justiça pelo assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, 25, espancado até a morte há uma semana, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por reivindicar seus direitos trabalhistas.
“E ainda há quem negue que racismo seja relação de poder e que tenha profundos laços com a economia. Certamente aparecerá algum inocente ou canalha (ou os dois) para dizer que "não foi racismo"”, escreveu Almeida no Twitter.
O advogado destacou que assim como Moïse, outras pessoas também devem passar pelo mesmo processo de negação de direitos e, por este motivo, cita que o Ministério Público do Trabalho deve investigar as condições de trabalho nos quiosques.
“Por isso, além da exemplar punição dos assassinos de Moise Kabagambe, exige-se que o @MPTRJOficial investigue as condições de trabalho em estabelecimentos de mesma natureza. A situação de Moise não é singular e só medidas amplas podem se opor de forma eficiente a essa barbárie”.
Almeida defende que “se o racismo for entendido de forma complexa, a "luta por direitos" e a "educação antirracista" tornam-se apenas duas táticas no interior de multiplas estratégias que o combate ao racismo deve mobilizar”.
Abaixo, a homenagem do menino João Pedro Autista, desenhista do 247, a Moise Kabamgabe:
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