Soltura de Deolane Bezerra pode ser adiada por falta de perícia
Perícia em veículo blindado pode complicar soltura da influenciadora Deolane Bezerra
247 - Apesar do relaxamento da prisão da influenciadora Deolane Bezerra e outros investigados na Operação Integration, a soltura da influenciadora ainda pode ser adiada devido à necessidade de esclarecimentos sobre as condições das medidas cautelares impostas. A operação investiga organizações criminosas que movimentaram bilhões de reais provenientes de bets e lavagem de dinheiro.
A 12ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) solicitou que seja realizada uma perícia para verificar se a blindagem do veículo de Deolane é capaz de bloquear o sinal de GPS, conforme informações apresentadas em petição anterior. A confirmação dessa irregularidade no monitoramento é essencial para a definição das condições a serem seguidas, o que pode atrasar a liberação da influenciadora, que teve sua soltura determinada nesta segunda-feira.
“Oficie-se à autoridade policial para que, por meio de perícia, informe se a blindagem do veículo é capaz de bloquear o sinal de GPS. Essa solicitação visa a verificação das informações contidas na Petição de ID nº 181719534, datada de 12.09.2024, que menciona possíveis irregularidades no monitoramento de Deolane Bezerra Santos”, reforçou a decisão nesta segunda-feira a juíza. O trecho da decisão foi citado pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Na noite desta segunda-feira, o TJ-PE decidiu pelo relaxamento da prisão de investigados na Operação Integration, incluindo Deolane Bezerra. Embora a prisão preventiva tenha sido suspensa, os envolvidos ainda deverão cumprir medidas cautelares.
A Operação Integration já cumpriu dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão em estados ao redor do país. As ações contam com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e agentes de segurança pública do estado.
As investigações revelaram que as organizações criminosas utilizavam ainda diversas empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguradoras para promover a lavagem de dinheiro, realizada por meio de depósitos e transações bancárias.
O esquema envolvia depósitos fracionados em espécie, transferências bancárias entre os envolvidos com saques imediatos, além da compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias e relógios de alto valor, assim como a aquisição de centenas de imóveis, segundo o inquérito.
Os agentes de segurança pública identificaram movimentações financeiras atípicas, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, indicando possíveis ilícitos financeiros, sem justificativa para as transações realizadas pelo grupo. A maioria dos envolvidos apresenta um padrão de vida totalmente incompatível com a renda e os bens declarados.
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