Sucesso da greve global do clima fará de Bolsonaro vilão internacional
Bolsonaro ingressou nas últimas semanas na categoria de vilão do clima, ao lado de seu grande parceiro Donald Trump, aponta reportagem do Viomundo. Ontem, três milhões de jovens foram às ruas para denunciar o aquecimento global
Do Viomundo – Três milhões de pessoas em três mil cidades de 160 países, calculam os organizadores. A campanha da adolescente sueca Greta Thunberg, 16 anos de idade, floresceu.
Foi a Terceira Greve do Clima, que atraiu manifestantes — especialmente adolescentes — às ruas para dizer que não existe planeta B, às vésperas da Cúpula de Ações Climáticas das Nações Unidas, marcada para acontecer segunda-feira, em Nova York.
O Brasil será representado na reunião pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que falará em nome do Consórcio Nordeste.
O governo Bolsonaro não foi convidado.
Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro abre a Assembleia Geral das Nações Unidas com o filme queimado.
Os Estados Unidos são os maiores poluidores do planeta, produzindo 16,5 toneladas métricas de gás carbônico per capita em 2014, de acordo com o Banco Mundial.
A China produziu 7,5 toneladas per capita, contra apenas 2,6 do Brasil, que está abaixo da média mundial de 5,0.
Porém, se o Brasil não polui tanto, tem em seu território, na Amazônia, a capacidade de absorver gás carbônico indisponível em outras partes do globo.
É por isso que Bolsonaro ingressou nas últimas semanas na categoria de vilão do clima, ao lado de seu grande parceiro Donald Trump — segundo o qual, moinhos de vento causam câncer.
O plano paranoico do governo Bolsonaro para desenvolver uma região específica da Amazônia, no Pará, sem consultar as populações locais, é a mais recente demonstração da enorme distância entre setores da caserna que produziram Bolsonaro e a realidade.
Nem parece que a ditadura militar acabou. Bolsonaro está tentando enfiar o plano goela abaixo dos brasileiros através do apoio de empresários locais, de acordo com denúncia do Intercept Brasil.
O plano foi gestado sob o comando do coronel reformado Raimundo César Calderaro e considera indígenas, quilombolas, ambientalistas, ONGs, jornalistas e imigrantes chineses que vivem no Suriname como ameaças à integridade física do Brasil.
“Eles” estariam dispostos a relativizar a soberania brasileira sobre a região ou a impedir o desenvolvimento local a qualquer custo.
Ah, faltou falar da Igreja Católica.
Nas redes sociais, bolsonaristas dizem que o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, que acontece de 6 a 27 de outubro, no Vaticano, será um passo para formar um país independente na região.
Com os robôs funcionando a todo vapor para espalhar a mentira, o Vaticano tomou a decisão extraordinária de fazer um desmentido formal, em vídeo (veja acima): “Piada”.
Greta participou da Greve do Clima em Nova York. A figura física dela e a mobilização de milhões de adolescentes fará aumentar o contraste com o discurso atrasado e anticiência do líder brasileiro.
Jair Bolsonaro não deve encontrar a nova líder ambientalista durante a viagem aos Estados Unidos.
Vai jantar com o colega Donald Trump.
Faz todo sentido.
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