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    Supostos mandantes do assassinato de Marielle, irmãos Brazão são transferidos para presídios de Campo Grande e Porto Velho

    A ação busca incentivar a dupla a colaborar com as autoridades. Sem contato entre si, os detidos enfrentam o dilema de quem irá cooperar primeiro para receber benefícios penais

    Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)

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    247 - Nesta quarta-feira (27), o governo deu início a uma manobra estratégica no desdobramento do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), com a transferência dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão para penitenciárias federais distintas, informa o jornal O Globo. Os dois estavam detidos desde domingo em Brasília e foram levados para unidades em Campo Grande e Porto Velho, respectivamente. O embarque foi registrado por imagens da GloboNews, mostrando-os entrando em uma aeronave na capital federal por volta das 8h40.

    A ação foi planejada pelo Ministério da Justiça com base na aplicação da "teoria dos jogos", buscando incentivar os detidos a colaborarem com as autoridades para abrir novas frentes de investigação no caso Marielle. Segundo essa estratégia, sem contato entre si, os detidos enfrentam o dilema de quem irá cooperar primeiro para receber benefícios penais decorrentes de um acordo. Quem optar pelo silêncio pode enfrentar punições mais severas da Justiça.

    A prisão dos irmãos Brazão, assim como do ex-policial militar Ronnie Lessa e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa no domingo, foi resultado de informações obtidas a partir da delação premiada de Lessa. Este último confessou ter sido o autor dos disparos que resultaram na morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018. Segundo Lessa, os irmãos Brazão foram os mandantes do crime, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa atuou como "garantidor da impunidade" no decorrer das investigações, conforme relatado pela Polícia Federal.

    A decisão de Ronnie Lessa em cooperar com as autoridades veio após tomar conhecimento de que seu comparsa, Élcio de Queiroz, havia feito um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, quebrando assim o pacto de silêncio entre os dois. Lessa e Queiroz também foram enviados para diferentes presídios federais. Élcio de Queiroz corroborou as declarações de Lessa à PF, confirmando sua participação no assassinato de Marielle e Anderson.

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