"Toca pro Lula, ele tá livre", comemora Chico Buarque
No jogo de futebol que foi considerado uma celebração das forças progressistas e democráticas do país, os amigos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do cantor Chico Buarque venceram os integrantes do MST por 2 a 1. Lula e Chico foram os autores dos gols dos vencedores, ambos de pênalti
Brasil de Fato - No jogo de futebol que foi considerado uma celebração das forças progressistas e democráticas do país, os amigos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do cantor Chico Buarque venceram os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por 2 a 1. Lula e Chico foram os autores dos gols dos vencedores, ambos de pênalti. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) fez o gol pelo MST.
A partida – e a festa – foi jogada no campo Doutor Sócrates Brasileiro, na Escola Nacional Florestan Fernandes, centro de formação política daquele movimento social. em Guararema-SP.
Cerca de 4 mil pessoas, entre militantes, ativistas, políticos, artistas e juristas estiveram presentes. Entre os jogadores, nomes como o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, os músicos Chico César, Otto, Renato Brás e Carlinhos Vergueiro, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o vereador Eduardo Suplicy (bastante aplaudido), o advogado Cristiano Zanin, o ex-jogador Afonsinho e outros.
“Artilheiro” da equipe dos amigos do MST, Nilto Tatto ressaltou que a celebração deste domingo “representou a esquerda no Brasil, solidária e generosa”. “Pra você ter uma ideia, no campo tinha crianças, jovens, mais velhos, mulheres, homens. E o gol que eu tive a alegria de fazer, foi um gol que teve a marca mesmo da democracia e da generosidade que também tem na esquerda hoje. Recebi o passe do Juliano [Medeiros, presidente] do Psol, e tive a felicidade de acertar o ângulo”, comemorou.
Acompanhe o gol de Lula, batendo pênalti com total liberdade:
“Muito importante encerrar esse ano com o retorno do ex-presidente Lula e participar desta festa é um momento de grande alegria”, disse o coordenador da Central dos Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim. “Foi um ano difícil, mas também de muita resistência e perseverança. E nós temos que recarregar nossas baterias, porque em 2020 nós teremos várias batalhas em defesa da classe trabalhadora, do povo brasileiro e da democracia e estamos bastante otimistas”, afirmou o ativista, que disse ter preferido “ficar mais na torcida”, em vez de jogar.
Rose Gaspar, da executiva estadual do PT em São Paulo, foi árbitra do jogo durante parte do tempo, depois de substituir Juca Kfouri, que começou apitando. Para ela, além de considerar que sua atuação “representou muito bem o papel das meninas”, o evento marcou uma significativa união das forças da esquerda do país, com vistas à construção de um grande projeto progressista para disputar as eleições do ano que vem. “Nós precisamos continuar trabalhando. Não podemos esmorecer em um só momento”, disse a secretária de mobilização do partido.
Já para a filha de Lula, Lurian da Silva, o jogo de futebol foi também uma representação da luta para a libertação do ex-presidente: “Ele estar livre pra gente já é uma simbologia, pra gente que sofreu muito. Não só o povo brasileiro, mas a família em particular, que teve todo o sofrimento, as ofensas, as agressões. Então, pra gente tem uma simbologia muito grande. É maravilhoso poder estar aqui.”
Ao fim da partida, o jornalista Juca Kfouri comemorava sua participação em mais um evento que marcou a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores do país e deixou recado para o novo ano. “Que o ano que vem a gente faça esse jogo comemorando a eleição de prefeitos democráticos e progressistas pelo Brasil inteiro.”
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