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'Todos os candidatos têm chances' de entrar no BRICS, diz Mauro Vieira

Segundo o chanceler brasileiro, uma nova rodada de expansão do grupo, "será debatida pelos chefes de Estado" durante a cúpula

Mauro Vieira (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou nesta terça-feira (21) a Kazan, na Rússia, para chefiar a delegação brasileira na Cúpula de Chefes de Estado do BRICS com a missão de representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pôde comparecer devido a um acidente doméstico que o levou a cancelar a viagem após recomendações médicas para evitar longos deslocamentos.

Em entrevista, segundo a Sputnik, Vieira minimizou a importância da sua participação em relação à presença de Lula, afirmando que “a participação do Brasil é sempre igual” . Q questionado sobre a posição do Brasil em relação a uma nova rodada de expansão do grupo, o chanceler afirmou que “isso será debatido pelos chefes de Estado”.

As discussões em Kazan, que envolvem representantes das chancelarias dos países do BRICS, já estão em andamento há cinco dias, com foco na criação de uma categoria de membro parceiro e suas prerrogativas. Apesar de a criação desta nova categoria parecer certa, a inclusão de novos membros ainda está sendo debatida. 

Segundo o Itamaraty, o Brasil defende que a admissão de novos países ao BRICS siga critérios específicos. Esses critérios foram estabelecidos durante a expansão de 2024, resultado da Cúpula de Joanesburgo, na África do Sul. Um dos pontos destacados é o apoio a uma reforma abrangente do Conselho de Segurança da ONU, que o Brasil considera uma condição para a adesão de novos membros.

Outro aspecto relevante é a necessidade de equilíbrio geográfico dentro do BRICS. Atualmente, a representação da América Latina é considerada insuficiente, com o Brasil sendo o único membro pleno da região. Vieira mencionou a possibilidade de adesão de países como Cuba ou Bolívia para corrigir essa assimetria. Em relação à candidatura da Venezuela, o ministro observou que todos os países que manifestaram interesse têm chances de serem integrados ao bloco.

Questionado pela Sputnik Brasil sobre a possibilidade de debates sobre o conflito na Ucrânia, Vieira reiterou que “o tema aqui é a cooperação dos BRICS”, reforçando o foco da cúpula nas relações de cooperação entre os países membros.

Mauro Vieira cumprirá toda a agenda da Cúpula dos Chefes de Estado nos dias 22 e 23 de outubro, e no dia 24 participará de encontros com países convidados no formato BRICS+, incluindo Turquia, Azerbaijão, Armênia e Bolívia. A cobertura dos eventos será feita pela Sputnik Brasil, que está presente em Kazan.

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