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    TSE proíbe bolsonaristas de associar Lula a Daniel Ortega

    Entre os envolvidos que terão as publicações tiradas do ar, estão os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli

    Daniel Ortega (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters | Reprodução)

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    247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu postagens de bolsonaristas que associam o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Entre os envolvidos que terão as publicações tiradas do ar, estão os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (ambos do PL-SP), o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, e o jornalista Rodrigo Constantino. 

    O presidente da Nicarágua, que fica na América Central, está no poder desde 2007 e faz parte do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN). 

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    De acordo com reportagem do portal Uol, publicada nesta quarta-feira (19), ministro do TSE Paulo de Tarso Sanseverino assinou na decisão e citou a ministra Carmen Lúcia, após a juíza determinar que postagens "inverídicas" fossem tiradas do ar. "O que se tem é mensagem ofensiva à honra e imagem de pré-candidato à presidência da República, com divulgação de informação sabidamente inverídica, imputando-lhe falsamente o apoio 'a invasão de igrejas e perseguição de cristãos', o que evidencia a plausibilidade do direito sustentado nesta representação".

    As postagens sobre Lula e Ortega afirmaram que a eleição do petista no Brasil "impactaria na perseguição de cristãos", em referência a supostos casos de tortura na Nicarágua. As publicações afirmaram que "um apoiador de ditaduras como Nicarágua, Venezuela e Cuba jamais será uma esperança de democracia".

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    A defesa de Lula reforçou que as postagens tentam prejudicar o ex-presidente. "O intuito das postagens seria degradar, injuriar e difamar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, além de provocar estados passionais no eleitor e atingir a integridade do processo eleitoral, pois, além das postagens impugnadas, há muito tempo a campanha do candidato Jair Messias Bolsonaro (PL) e seus apoiadores têm tentado incutir na mente do eleitor que o candidato da coligação representante seria supostamente favorável à ditadura na Nicarágua e apoiador de todas as atrocidades lá cometidas".

    Na pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), Lula apareceu seis pontos percentuais à frente de Bolsonaro na disputa pelo segundo turno marcado para o dia 30 de outubro. Os números do Ipespe, divulgados nessa terça (18), e do Ipec, publicados na última segunda-feira (17), também mostraram o ex-presidente em primeiro lugar.

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