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    "Tudo que sai do povo nós temos que respeitar. Só não podemos respeitar a ignorância dos fascistas", diz Lula

    Presidente participou nesta terça-feira de cerimônia para assinatura de decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial

    Lula (Foto: Reprodução)

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    247 - Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira (31), o presidente Lula (PT) assinou os decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. “O governo que se encerrou em dezembro de 2022 destruiu, neutralizou ou desvalorizou o alcance de todo o Sistema Nacional de Participação Social, legado da Constituição de 1988 e implantado pelos governos do presidente Lula e da presidente Dilma”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que participou do evento ao lado do presidente.

    O presidente, logo após assinar os decretos para retomar a participação social no governo, falou sobre a necessidade de derrotar o fascismo espalhado pelo Brasil nos últimos anos. “Nós derrotamos um presidente, mas ainda não derrotamos o fascismo que foi impregnado na cabeça de milhões de brasileiros”. Ele também pediu para que as cobranças ao seu governo não cessem: "companheiros, vocês sabem o que fazer, porque tudo que eu aprendi, eu aprendi com vocês. Vocês vão ter que lutar muito, cobrar muito, muitas vezes vão falar mal do Lula. Não tem problema. Eu estou acostumado ao seguinte: eu respeito tanto os aplausos quanto as vaias, porque tudo que sai - mesmo que palavrão - da boca do povo com razão, nós temos que respeitar. Nós só não podemos respeitar a ignorância dos fascistas que estão na rua soltos e provocando as pessoas de bem”.

    No trecho em que falou de economia, Lula se classificou como "uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica", mas completou: "eu quero seriedade fiscal, mas quero seriedade política, social". "É verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida que é impagável há cinco séculos é a dívida social contraída com o povo brasileiro. Não é possível que um país que é o terceiro produtor de alimentos do mundo, o primeiro produtor de proteína animal do mundo, um país que tem 8,5 milhões de km², que tem 8 mil km de fronteira marítima, tenha gente passando fome. Então vamos provar outra vez que é possível acabar com a fome”.

    O presidente pediu paciência aos movimentos sociais, tendo em vista que seu governo tem apenas 30 dias e encontrou o país destruído após os quatro anos de gestão Bolsonaro (PL). “A situação do país não era boa, quase tudo que foi feito estava destruído, quase todos os ministérios estão com sérios problemas de cumprir a meta que eles se propuseram a cumprir, não só porque o dinheiro é mais curto. Para vocês terem ideia: nós estamos trabalhando hoje com o mesmo orçamento de 2019. Significa que temos menos recursos, e foi a primeira vez que um governo, antes de tomar posse, teve que lidar com o Congresso Nacional para aprovar uma PEC - que as pessoas pensam que é do PT e do Lula, mas a PEC é do ex-presidente, porque foi para pagar as coisas que estavam comprometidas e ele não tinha colocado dinheiro no orçamento". 

    "Quero dizer para vocês que vocês não estão convidados e não estão participando de uma festa. Esse conselho vai servir para ajudar a gente para reconstruir ou construir uma coisa nova, uma participação popular efetiva, em que vocês sejam tratados em igualdade de condições, que vocês possam dizer ‘sim’ da mesma forma que podem dizer ‘não’. E vocês têm que ser respeitados quando dizem ‘sim’ e quando dizem ‘não’, porque normalmente quem está no governo não gosta de ‘não’, e nós aprendemos que o ‘não’ é tão importante quanto o ‘sim’ quando ele é feito com os companheiros de luta que ajudaram a construir o que nós construímos para chegar à Presidência da República”, declarou.

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