'Uso as mesmas armas que o Bolsonaro, mas para divulgar a verdade', diz Janones sobre campanha para Lula nas redes
Para o deputado, se Lula melhorar seu desempenho nas redes, "acabou". "Aí a gente pode dormir tranquilo por saber que o país estará livre de Bolsonaro em 2023"
247 - Aliado e conselheiro do ex-presidente Lula (PT) para redes sociais, o deputado federal André Janones (Avante-MG) diz que a chave para consolidar de vez a vitória do petista na eleição presidencial deste ano é melhorar seu desempenho nas plataformas digitais.
Segundo ele, o bolsonarismo nasceu de um "vácuo" no modo como os políticos que se comunicavam com o povo. "Quem é o maior em cima do palanque será o maior no Facebook e no Instagram. Se o Lula assumir as rédeas de suas redes sociais, ele atropela. O bolsonarismo nasce de um vácuo de comunicação, uma vez que nossa elite intelectual e nossa classe política deixaram em algum momento de acompanhar a evolução da sociedade, e um dos pontos disso, embora não seja o único, é o advento das redes sociais".
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Sobre o combate às fake news, amplamente utilizadas pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e que agora voltam a surgir, o parlamentar afirma não acreditar na estratégia de rebater a desinformação. "Falando como alguém que conhece o funcionamento de redes sociais, eu não acho a melhor estratégia você rebater fake news. Você combate puxando outro assunto. Está o bolsonarismo inventando que Lula vai fechar igreja, aí eu vou construir outro ambiente de rede, orientar a militância a falar o seguinte. 'Com o Bolsonaro, o auxílio emergencial, os R$ 200 que foram acrescidos aos R$ 400 do Auxílio Brasil, vai acabar em 2023'. Você deixa de ser pautado e passa a pautar".
Segundo Janones, isto é usar "as mesmas armas" que Bolsonaro, mas para espalhar a verdade. "É a mesma ferramenta, mas não com fake news. Estou pegando as mesmas armas que o Bolsonaro, mas para divulgar a verdade. Essa lógica das redes não é boa nem ruim. O que vai determinar é o uso que você dá a ela. Se usamos para enfraquecer as instituições, como Bolsonaro, ou se para fortalecer a democracia. Eu usei a comunicação de massa para que a mensagem, verdadeira, chegasse da maneira mais efetiva às pessoas. Enfrento qualquer jurista desse país, do ponto de vista técnico, na defesa do que falei. Eu sei a diferença entre Auxílio Brasil e o valor extra que votamos na PEC que estabeleceu o 'estado de emergência' até dezembro de 2022. Você não vai encontrar uma vírgula minha dizendo que o Auxílio Brasil vai acabar".
Dos três "pilares" elencados pelo deputado para que Lula vença a eleição, o ex-presidente só perde na atuação nas redes. "Vejo três pilares para derrotar o bolsonarismo. Em dois, mobilização da militância e comunicação institucional, especialmente na televisão, a campanha está indo muito bem. O único ponto em que Lula ainda perde é nas redes. Se ele também se tornar um fenômeno nas redes, se a gente derrotar essa última trincheira do bolsonarismo, acabou. Aí a gente pode dormir tranquilo por saber que o país estará livre de Bolsonaro em 2023".
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