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    "Vitória da liberdade de expressão, ainda que tardia", diz Celso Amorim sobre soltura de Assange

    Assessor do presidente Lula, o ex-chanceler afirma que o jornalista prestou "serviços positivos" ao mundo ao revelar episódios secretos sobre a política norte-americana

    O assessor especial de Lula, Celso Amorim - 5/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O assessor especial de assuntos internacionais da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim, disse que a libertação de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, é uma "vitória da liberdade de expressão". “É uma vitória da liberdade de expressão, ainda que tardia, com muito sofrimento. Espero que ele esteja bem de saúde”, disse Amorim à coluna da jornalista Raquel Landim, do UOL. 

    Na visão do ex-ministro, Assange prestou "serviços positivos" ao mundo ao revelar episódios sobre a política americana que ninguém mais sabia. Amorim também qualificou como “menor” a revelação de que funcionários do governo brasileiro foram à embaixada americana sugerir mudanças na estratégia dos Estados Unidos na negociação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). "Eu só soube disso pelo Wikileaks", disse o diplomata.

    Assange deixou a prisão no Reino Unido na noite desta segunda-feira (24), após chegar a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e se declarar culpado em acusações de espionagem. Ele ficou preso durante cinco anos. Assange recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido.

    O jornalista foi preso em dezembro de 2010 na Grã-Bretanha com um mandado europeu após o WikiLeaks divulgar uma série de documentos confidenciais dos Estados Unidos. Muitos apoiadores de Assange disseram que o site defendia a liberdade de expressão e que as tentativas de processá-lo eram um ataque ao jornalismo. A libertação de Assange sempre foi muito sensível para os Estados Unidos, já que ele revelou segredos militares considerados de segurança nacional. A negociação só foi possível porque Assange já tinha cumprido tempo de prisão equivalente a esse tipo de ofensa.

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