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Vitória de Trump nos EUA reforça pressão por anistia no Brasil, avalia governo Lula

Governo Lula focará em equilibrar as contas, a inflação e o dólar para garantir força diante do assanhamento da extrema direita

Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

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247 - A recente vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode ter repercussões significativas no cenário político brasileiro, principalmente entre figuras de destaque da direita e entre extremistas que visam consolidar a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Internamente, o governo Lula (PT) avalia que uma resposta institucional sólida será essencial para preservar os valores democráticos do país, relata Julia Duailibi, do g1. De acordo com um interlocutor do presidente, o Brasil "pode mostrar que sabe lidar com seu compromisso democrático melhor que lá [EUA]", reforçando a necessidade de posicionamento firme dos Três Poderes contra tentativas de enfraquecimento da democracia.

Com o retorno de Trump ao centro das atenções, líderes políticos alinhados à direita e extrema direita brasileira manifestaram otimismo em relação ao impacto da nova fase americana sobre as pautas nacionais. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, celebrou a vitória de Trump como um "momento histórico", enquanto Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), questionou qual será a "resposta das urnas em 2026" para o Brasil, referindo-se às próximas eleições presidenciais. Entre os governistas, o entendimento é de que a oposição tentará maximizar as dificuldades na relação entre Lula e Trump, um movimento que, para os aliados do presidente, "faz parte do jogo" político.

Em relação ao governo americano, aliados de Lula indicam que estão atentos à postura que Trump adotará em seu possível segundo mandato. Para integrantes do governo, a estratégia para enfrentar os efeitos dessa nova configuração internacional passa pelo controle da inflação e do dólar, associados à política de corte de gastos planejada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Entretanto, os desafios para equilibrar as medidas econômicas e evitar a deterioração da popularidade de Lula são grandes, o que foi resumido por uma fonte como "praticamente impossível não desagradar alguém".

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