É preciso ter justiça para resolver a questão da Palestina, diz mídia chinesa
Foi reiterado que o “programa de dois estados” é o único caminho para resolver a questão Palestina, o que reflete o consenso da comunidade internacional
CMG – A Declaração Conjunta sobre a Questão da Palestina entre a China e os Estados Árabes foi divulgada nessa quinta-feira (30), durante a 10ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, realizada em Beijing, capital chinesa.
O documento condena a violência contínua de Israel sobre o povo palestino e exige uma resolução de efeito obrigatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para concretizar o pronto cessar-fogo e o fim da deslocalização forçada do povo palestino, além da garantia do transporte de materiais de resgate a toda a Faixa de Gaza.
Foi reiterado que o “programa de dois estados” é o único caminho para resolver a questão Palestina, o que reflete o consenso da comunidade internacional.
O tema da Palestina é o núcleo da questão do Oriente Médio. Perante quaisquer mudanças da conjuntura internacional, a China sempre defende a restauração dos direitos nacionais legítimos do povo palestino.
Após o início da nova rodada de conflitos palestino-israelenses, o governo chinês efetuou a mediação diplomática e outros meios para promover um cessar-fogo e o fim da guerra entre os dois lados, promovendo as conversações entre o Hamas e o Fatah, em Beijing, e ajudando as várias facções palestinas para alcançar a reconciliação e fortalecer a unidade interna.
A curto prazo, a tarefa mais urgente é implementar a resolução de trégua adotada pelo Conselho de Segurança da ONU, aliviar a crise humanitária e evitar que o conflito tenha impacto na paz e na estabilidade do Oriente Médio.
A longo prazo, a China apela à comunidade internacional para que trabalhe em conjunto para estabelecer, o mais cedo possível, um Estado da Palestina independente, baseado nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, e desfrutando de plena soberania.
Deve-se salientar que o atraso na resolução da questão da Palestina é inseparável da obstrução e destruição promovida pelos Estados Unidos (EUA) e por alguns outros países ocidentais. Por necessidades políticas internas e por considerações estratégicas globais, os EUA apoiaram esmagadoramente Israel, vetaram repetidamente o projeto de resolução de cessar-fogo palestino-israelense do Conselho de Segurança e forneceram uma grande quantidade de assistência militar aos israelenses, fazendo com que o processo de paz no Oriente Médio se desviasse do caminho certo.
A tragédia do conflito Palestina-Israel, que permanece até hoje, é um teste à consciência humana. A comunidade internacional deve agir. Como um país de grande responsabilidade, a China continuará apoiando firmemente os países árabes para defender a justiça, promover um cessar-fogo imediato e incondicional e alcançar uma solução abrangente, justa e duradoura da questão da Palestina.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Patrícia Comunello
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